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22/06/2018 às 11h08min - Atualizada em 22/06/2018 às 11h08min

Seu cosmético é realmente seguro? O que você precisa saber

Comprando pela internet ou em uma loja, é necessário ter atenção à fórmula e aos componentes dos produtos de beleza

Minha Vida
Foto: Imagem Ilustrativa
Na modernidade, a grande facilidade na propagação dos produtos cosméticos através da internet pode trazer dificuldades, dúvidas, investimentos perdidos ou até mesmo danos à saúde.

Produtos novos são ainda mais complicados: quais os que são seguros? Servem para todo tipo de pele? Muitas vezes possuem assinatura de blogueiras com dicas leigas, mas realmente entregam o que prometem? Podem causar alergia ou outros danos?

Como poderíamos nos guiar na escolha desses cosméticos diante de tantas ofertas? Seria possível tentar seguir um padrão ou uma cartilha para escolhermos tais produtos?

Antes de tudo, é preciso definir o conceito do que é um cosmético: são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano (pele, sistema capilar, unhas, lábios). Eles têm como objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência, corrigir odores corporais, protegê-los ou mantê-los em bom estado. Portanto é uma vasta gama de indicações, incluindo sabonetes, espumas de banho, produtos como xampus, hidratantes, e mesmo produtos para maquiagem.

Cuidados com os cosméticos
Os produtos de higiene pessoal para a limpeza da pele, das pálpebras, dos cílios, da boca, dos cabelos, regiões de dobras (axilas, virilhas), áreas íntimas, ou específicos para mãos, unhas e pés precisam ser no mínimo testados dermatologicamente. Alguns produtos são mais sofisticados incluindo funções além da limpeza, como a hidratação, brilho, clareamento, então possuem outras substâncias além dos necessários para limpeza.

Os produtos mais simples tendem a conter menos ingredientes ou conter produtos mais simples, embora isso não seja absoluto. Algumas substâncias danosas ao organismo já são proibidas em vários países do mundo todo, mas aqui no Brasil ainda há pouca restrição no formulário geral dos produtos vendidos nas prateleiras.

Perfumes
Perfumes em exagero podem desencadear problemas respiratórios, alérgicos ou de sensibilidade porque na realidade são aromas químicos que são acrescentados à formulação inicial, corrosivos em excesso. Um pH não ajustado ao da pele e a ausência de substâncias capazes de limpar, higienizar e ao mesmo tempo proteger a pele podem, com o uso contínuo, causar esfoliações das áreas higienizadas e mais frequentemente causar irritação local.

Produtos para cabelo
Produtos para os cabelos, da mesma forma, precisam ser adequados à pele. As tinturas, que mais recentemente despertaram interesse quando o formaldeído e seu problemas se tornaram públicos, podem causar irritação grave na pele do couro cabeludo ou até mesmo a destruição dos fios dos cabelos.

Hidratantes
Quanto aos hidratantes, muitas loções além de conter grande quantidade de perfume podem não ser eficazes. Elas oneram o consumidor sem trazer o que prometem, e por isso merecem a consideração e orientação de um dermatologista. Isso é regra quando a hidratação faz parte da terapêutica instituída para o paciente, porque a qualidade e a composição dos mesmos muda drasticamente assim como a indicação dos mesmos.

Produtos para unhas
Cuidados com as unhas, especialmente os "endurecedores de unhas", precisam de supervisão médica, já que a maioria é derivado do formol. Esmaltes muito frequentemente causam "alergia", uma verdadeira reação do organismo contra os componentes principais dos mesmos.

A alergia não é a irritação pura e simples da região ao redor da unha. Ao contrário, ela é sensibilização de toda a pele que as unhas tocam, podendo ter grave repercussão dermatológica. Portanto, muitas vezes alguns pacientes precisam utilizar esmaltes anti-alérgicos, caso não tenham também alergia a algum componente deste último.

Maquiagens
Todos os produtos cosméticos utilizados para a maquiagem no dia-a-dia possuem componentes ora menos sensibilizantes, ora mais sensibilizantes. Os que mais frequentemente causam alterações são os conservantes.

No caso de batons, o problema são as substâncias tóxicas como o mercúrio e outros metais utilizados para que ele dê um toque seco e muito duradouro.

Até o rímel que pode causar irritação e reação das glândulas ao redor dos cílios. Os cosméticos utilizados nas áreas sensíveis como os olhos precisam ser muito bem armazenados para não serem contaminados por fungos ou bactérias. Além disso, é importante estar dentro da validade para não causar sérios problemas locais como infecções graves. Nisso incluímos também as sombras das áreas dos olhos.

Os pós seguem também a mesma linha de cuidados, tanto quanto à contaminação, data de validade e substâncias sensibilizantes.

Como escolher um produto seguro
Mas como escolher um produto com maior segurança? As grandes marcas e antigas têm uma responsabilidade considerável com relação aos seus clientes, especialmente aquelas que também possuem linhas dermo-cosméticas e até terapêuticas. Em geral, elas investem muito em termos de segurança.

Produtos oriundos de países com política rigorosa em relação aos componentes tóxicos, potencialmente sensibilizantes ou até mesmo carcinogênicas (que causam câncer) também podem oferecer uma segurança um pouco maior.

Estar atento às informações gerais sobre produtos nocivos e até mesmo ter a cultura em pesquisar no site da ANVISA sobre qualquer produto e seus componentes é fundamental. O hábito deve ser sempre estimulado.

Os brasileiros não têm esse hábito de avaliar o que utiliza no dia-a-dia, o que fortalece o comércio "paralelo". Por isso, o costume de se adquirir produtos apenas pelo seu preço deve ser melhorado. É importante ressaltar que existem, sim, produtos com valores mais acessíveis de boa qualidade. A atenção deve ser redobrada em produtos de feirinhas e estandes públicos sem controle.

A tendência atual é procurar sempre o que é mais seguro possível, que causa menores danos à saúde, que sejam mais próximos ao ideal. Para isso, o conhecimento, a consciência de que cosméticos também podem causar danos já é um grande passo.



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