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20/11/2023 às 17h04min - Atualizada em 20/11/2023 às 17h04min

Estudo da OIT afirma que IA pode criar mais empregos do que destruí-los

Especialista em TI de Araçatuba compartilha da mesma opinião e diz que programas de capacitação em Tecnologia da Informação (TI) são solução viável para reduzir o desemprego

Assessoria de imprensa, Marcelo Teixeira
O especialista em TI e telecom,Eder Castanheiro

A inteligência artificial (IA) tem mais chances de criar do que destruir empregos, segundo um estudo publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O ChatGPT, considerado uma revolução no uso da IA generativa, e todas as ferramentas de IA depois dele, geraram temores sobre a transformação do mundo do trabalho e o impacto nos empregos.

 

Ao examinar o efeito potencial das plataformas de inteligência artificial, a OIT sugere que a maioria dos empregos e indústrias está apenas parcialmente exposta à automação. De acordo com a agência da ONU, "é mais provável" que a maioria dos empregos e indústrias "seja complementada" mais do que "substituída" pela IA generativa.

 

"É provável que o maior impacto desta tecnologia não seja a destruição do emprego, mas mudanças potenciais na qualidade dos postos de trabalho, em particular a intensidade do trabalho e a autonomia", revela a publicação.

 

O especialista em TI e telecom, Eder Castanheiro, de Araçatuba (SP), concorda com o resultado do estudo, que destaca que os efeitos da IA variam segundo as profissões e as áreas. Para o profissional, o trabalho administrativo em escritórios é a categoria mais exposta, com quase um quarto das tarefas consideradas muito suscetíveis de serem afetadas, e mais da metade com nível médio de exposição.

 

Por outro lado, com base no relatório da OIT, em categorias de cargos de direção e técnicos, apenas uma pequena parte dos trabalhos será afetada pela IA, segundo a pesquisa. O estudo indica que os países de renda alta vão sofrer os efeitos mais importantes da automação, devido à grande proporção de trabalhos de escritório.

 

Automação

 

"O que antes precisava de dez pessoas para ser feito, muito em breve será feito por robôs e supervisionado por um único ser humano", diz Rafael Kenski, especialista em IA e fundador do kenskia.com. de acordo com Kenski, um robô é bom o suficiente para substituir o trabalho de muitas pessoas – mas não é perfeito. "A Inteligência Artificial vai sempre precisar de alguém para corrigir e aprovar o que ela faz", diz.

 

Com isso, Eder Castanheiro elenca novas profissões que vão acabar dando as caras, como criador de prompt, especialistas em cibersegurança, auditor de chatbot, engenheiro de machine learning, designer de IA, gestor de robôs e analista de IA.

 

Pesquisadores brasileiros que usaram como base um modelo da Universidade de Oxford (Reino Unido) e adaptaram os cálculos para a realidade do mercado de trabalho do Brasil, afirmam que mais da metade das ocupações que existem hoje no Brasil podem desaparecer em cerca de duas décadas.

 

Eles calculam que 58,1% dos empregos no país podem desaparecer em cerca de vinte anos devido à automação, considerando as tecnologias já existentes. O estudo avança em relação a outros levantamentos ao incluir os postos de trabalho informal, além daqueles com carteira assinada.

 

As 7 ocupações com maiores probabilidades de automação são operadores de entrada de dados (digitador) - 99%; profissionais de nível médio de direito e afins (assistente) - 99%; agentes de seguros - 99%; operadores de máquinas para fabricar equipamentos fotográficos - 99%; vendedores por telefone - 99%; despachantes aduaneiros - 99%; contabilistas e guarda livros - 98%.

 

Capacitação

 

Castanheiro destaca que os estudos e levantamentos indicam que, com o rápido avanço tecnológico, a demanda por profissionais de TI qualificados está em constante crescimento. Programas de capacitação nessa área têm se destacado como uma solução eficaz para reduzir o desemprego. "Esses programas têm impactado positivamente a empregabilidade. Essa 'revolução digital' e a transformação tecnológica em curso têm criado uma crescente necessidade de profissionais de TI em uma variedade de setores. Desde empresas de tecnologia até setores tradicionais como saúde, educação e governos, a demanda por conhecimento em TI é evidente", ressalta o especialista.

 

Foto notório é que em um mundo cada vez mais dependente da tecnologia, a necessidade de profissionais de TI nunca foi tão alta. Programas de capacitação em tecnologia da informação desempenham um papel crucial na redução do desemprego, proporcionando acesso à educação em TI, possibilitando a reconversão profissional, estimulando o empreendedorismo e fornecendo resultados tangíveis em termos de empregabilidade. "Portanto, investir nesses programas não só vai reduzir o desemprego, mas também promoverá o desenvolvimento econômico e a inovação em uma sociedade cada vez mais digital", finaliza Castanheiro.


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