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13/02/2023 às 16h52min - Atualizada em 13/02/2023 às 16h52min

Número de pacientes com leucemia atendidos pela Funfarme cresce 48% em cinco anos

Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação/Hospital de Base (HB)
A Fundação Faculdade Regional de Medicina de Rio Preto (Funfarme) é destaque no tratamento de crianças e adultos diagnosticados com leucemia. Nos últimos cinco anos houve aumento de 48% no número de pacientes com a doença atendidos na instituição, que contempla o Hospital de Base (HB), Hospital da Criança e da Maternidade (HCM), Ambulatório de Especialidades e Hemocentro. 

Durante o ano de 2018 foram atendidos 275 pacientes com Leucemia na Funfarme.  Em 2022 esse número saltou para 409. Além da melhoria da capacidade de atendimento, o complexo hospitalar melhorou as tecnologias utilizadas no tratamento e as técnicas realizadas pelos profissionais. 

O diretor executivo da Funfarme, Dr. Jorge Fares, destaca que nos últimos anos a Instituição buscou investir na ampliação dos setores oncológicos. “Todo processo de expansão do Hospital de Base foi sempre pensando no bem-estar do paciente e também na ampliação da nossa capacidade de atendimento”.

Segundo a Dra. Ana Laura Jorge Silva, médica onco-hematologista do HB Onco, uma das melhorias realizadas na Instituição foi o aumento no número de leitos. “O paciente com leucemia precisa ter um cuidado maior e geralmente há necessidade de ele ficar sozinho no leito, para não correr risco de infecção”.   

A leucemia pode ser uma doença silenciosa, principalmente entre adultos. Somente em 2022 o centro oncológico do Hospital de Base, o HB Onco, em conjunto com o setor de Hematologia, realizou 1778 atendimentos de pacientes com leucemia da região de Rio Preto.

Sobre a doença

Para conscientizar a população sobre a doença, a Dra. Ana Laura Jorge Silva, separou algumas informações sobre diagnóstico e tratamento das leucemias em pacientes adultos. 
Segundo a especialista, a leucemia surge na medula óssea, parte do corpo responsável pela produção das células sanguíneas. Quando a pessoa desenvolve a doença, o corpo passa a produzir células brancas defeituosas, o que leva à diminuição da produção das saudáveis, tanto células vermelhas, quanto células brancas e plaquetas.

Os primeiros sintomas são sutis e devem ser observados com atenção. Pessoas com a doença sentem cansaço constante devido à anemia, podem ter sangramentos espontâneos e hematomas, além de ficar com a imunidade baixa, sendo comum apresentar febre e/ou infecções repetidas. Por isso, é necessário ficar atento aos sintomas e fazer exames de sangue regulares, de rotina.
Segundo a doutora não existem muitos fatores que previnem as pessoas de desenvolver a doença. “É indicado manter hábitos saudáveis, de alimentação e exercícios físicos, mas não existem formas de prevenir totalmente a doença, pois ela tem origem genética”, afirma. 

Existem dois tipos principais de leucemia: crônica e aguda. A primeira é mais sutil e costuma aparecer em pessoas com idade mais avançada. O tratamento é menos agressivo, podendo ser realizado com a ingestão de remédios orais, sem a necessidade de quimioterapia na maioria dos casos. 

A leucemia aguda, entretanto, é mais agressiva e pode aparecer em pessoas de diferentes faixas etárias. O tratamento envolve a realização de quimioterapia e varia de acordo com a idade do paciente. Em muitos casos, há necessidade de transplante de medula óssea. 

A médica onco-hematologista explica que atualmente o procedimento de transplante de medula é menos invasivo para o doador e, na maioria das vezes, pode ser realizado de forma similar a uma doação de sangue. “A extração da medula é feita após a administração de medicações no doador, as quais fazem com que as células necessárias para o transplante saiam da medula óssea e cheguem até o sangue periférico (das veias), facilitando a coleta”. 

Há quem ainda tenha medo de se tornar um doador, mas com as novas tecnologias, a doutora ressalta que não há pelo que temer. “Após a aplicação da medicação, a coleta das células é feita por uma máquina similar à de hemodiálise, chamada aférese. Com isso, o processo ficou mais simples e menos invasivo. São poucos os casos que se faz necessário realizar a coleta diretamente da medula óssea, parte do osso conhecida como tutano”.

O Hemocentro de Rio Preto recebe cadastros de doadores de medula e, para tornar-se um deles, basta ir até o local das 7h às 13h, de segunda-feira a domingo. São feitos exames simples de sangue e a coleta de informações básicas para o registro nacional de medula óssea. Apenas pessoas de 18 até 35 anos, com boa saúde, podem ser doadoras. 

Os cuidados com a leucemia Infantil

A Leucemia infantil é o câncer mais comum entre crianças e adolescentes e representa quase um terço dos diagnósticos entre os menores de idade. Somente nos últimos cinco anos foram atendidas no HCM de Rio Preto 124 crianças, de 0 a 17 anos, diagnosticadas com a doença. 

Segundo a Dra. Francine Megid, médica oncologista e pediátrica do HCM, a Leucemia é extremamente agressiva quando se apresenta na infância e está associado a sintomas comuns de outras doenças, como febre, palidez, manchas pela pele, além do aumento no tamanho de órgãos abdominais e surgimento de ínguas.

“A Leucemia não possui nenhum sintoma próprio e pode ser confundida pelos pais com outros distúrbios. A diferença é que, em outras doenças, esses sinais somem dentro de uma ou duas semanas, enquanto na Leucemia, eles permanecem”, afirma a doutora.

Por serem muito visíveis, é comum que crianças cheguem ao HCM de Rio Preto com apenas duas semanas após o início dos sintomas. Mas, a médica ressalta que os pais devem ficar atentos e levar os filhos ao médico o quanto antes, já que os quadros mais graves da doença costumam aparecer em pacientes mais novos. 

“Já tivemos casos em que as crianças chegaram para tratamento dois meses após os sintomas começarem. Quanto antes iniciarmos o tratamento, melhores são as chances de cura”, completa. 
Não são apenas os pacientes adultos que podem contar com o atendimento da Funfarme. O Hospital da Criança e da Maternidade (HCM) de Rio Preto também oferece o cuidado e a estrutura necessária para o tratamento da doença. 

“Temos todas as medicações e equipamentos para a realização de quimioterapias em crianças. Para dar suporte a esse atendimento, temos a emergência pediátrica, com uma equipe que trabalha em conjunto com o setor de oncologia infantil. Além disso, em casos mais graves, o HCM dispõe da estrutura necessária para realizar transplantes de medula”, finaliza a Dra. Francine Megid. 
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