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05/11/2022 às 14h36min - Atualizada em 05/11/2022 às 14h36min

Com Ronaldinho Gaúcho, Brasil vencia Copa do Mundo Sub-17 há 25 anos

Sob a magia do camisa 10, Seleção Brasileira conquistou torneio inédito no Egito. Campeões relembram conquista e enaltecem poder de Ronaldinho e longevidade de Fábio

CBF
Foto: Arquivo Pessoal
Há 25 anos, o Brasil conquistou a Copa do Mundo sub-17 no Egito. Além de revelar ao mundo o jovem Ronaldo Assis Moreira, que anos depois se tornaria o multicampeão Ronaldinho Gaúcho, o torneio abriu as portas para a Seleção Brasileira se tornar ainda mais dominante nas categorias de base.


Criado em 1985, o Mundial Sub-17 nunca havia sido vencido pelo Brasil. A melhor participação até então foi logo na primeira edição, com a terceira posição no torneio disputado na China.

Duas décadas depois, o grupo vitorioso segue unido, seja por mensagens de celular ou até mesmo por encontros entre os atletas que moram no mesmo estado, como Geovanni, um dos destaques da conquista brasileira.

“Eu só tenho boas lembranças daquele campeonato que mudou a vida de nós jogadores. Foi o nosso primeiro título e aquilo abriu muitas portas. Hoje temos nosso grupo de whatsapp e sempre estamos em contato. Isso é bom porque é parte da nossa história”, relembrou o campeão que vestiu as camisas de Cruzeiro e Barcelona como profissional.


Em 1997, ano da conquista, o mundo era bem diferente do atual. A começar pelas redes sociais que não existiam. Em um cenário bem distinto do atual, onde todo registro é instantâneo e a comunicação não tem barreiras, Geovanni relembrou um pouco de como foi o ambiente da Seleção Brasileira no Egito

“Naquele ano a gente só tinha uma máquina fotográfica e não temos tanto registro. É bom olhar as fotos, ver as pessoas que convivemos, que jogamos. É gratificante. Pena que antigamente não tinha rede social porque isso divulga bastante o trabalho. Mas talvez a gente não fosse tão unido. A rede social é importante, mas tem de saber utilizar. Se usar o tempo todo, não tem como aproveitar tanto”, explicou.

Campeão do mundo sub-17 em 1997, Geovanni se tornou peça-chave no Cruzeiro e marcou o gol do título da Copa do Brasil em 2000 contra o São Paulo. O atacante ainda passou por Barcelona, Benfica, Manchester City e encerrou a carreira em 2013.


FÁBIO ETERNO

Entre todos os campeões mundiais de 1997, apenas um segue na ativa. É o goleiro FÁbio. Aos 42 anos de idade, o jogador do Fluminense continua atuando em alto nível e sendo admirado pelos companheiros de mundial.

“Ele é impressionante. Parece que não envelhece para o futebol. Quando você pensa que ele vai parar, ele vem para o Fluminense e faz um ano incrível como esse. Fico feliz em ver o atleta que ele é”, relembrou o técnico Carlos César, que hoje vive no Rio de Janeiro.“

RONALDINHO

Como não poderia ser diferente, Ronaldinho Gaúcho foi o grande nome do título mundial sub-17. Apesar de jovem e franzino, o gaúcho já apresentava todas os sinais de que se tornaria um dos jogadores mais talentosos do futebol mundial.

“Não foi surpresa ver o sucesso do Ronaldinho. Em 1997 ele já tinha toda essa habilidade. A diferença era só que ele não tinha esse físico todo. Mas a qualidade era absurda, não tinha erro. Tem muito jogador que vai bem na base, mas não consegue repetir no profissional. Mas o Ronaldinho não tinha jeito. Ali todo mundo já sabia”, relembrou o treinador.

“O Ronaldinho nos proporcionava grandes histórias. Ele era meia, mas quando a coisa apertava, eu pedia para ele jogar pelas pontas para abrir a defesa. Quando ele ia para cima dos laterais não tinha jeito. A gente cansou de vencer jogo assim. Aquele elástico então... Era covardia”, elogiou.

 Capitão da equipe, Ferrugem é outro que também se derrete ao falar de Ronaldinho. Mesmo com tantos títulos na carreira, como o de campeão da Copa do Mundo FIFA 2022 e eleito duas vezes como melhor atleta do mundo, o camisa 10 sempre manteve uma humildade, que foi relembrada pelo volante brasileiro.

“A última vez que a gente conversou, ele disse que sempre olha para a carreira e tudo que aconteceu na carreira dele. Ele dizia que jogava futebol para se divertir e que não tinha toda noção sobre o que aconteceu na carreira dele. Mas a gente via esse talento. Ele tinha toda essa capacidade, segurança. A gente sabia que ele ia tirar algo da cartola. Não foi nenhuma surpresa”, disse o jogador revelado pelo Palmeiras e com passagem pelo futebol francês e japonês.


O chefe da delegação brasileira no Egito foi Heitor Costa, presidente da Federação de Futebol do Estado de Rondônia. 25 anos após o feito, o dirigente ressalta a importância da conquista e de como isso impactou o futebol brasileiro.

“É a importância de ter mostrado Ronaldinho Gaúcho para o mundo. Era um país bem diferente, muitos anos já se passaram, alguns já até faleceram. Foi um time com muita união. E é bonito ver o Fabio até hoje mostrando a sua capacidade no Fluminense”, relembrou.


Duas décadas após a conquista, a CBF parabeniza novamente todos os vencedores da Copa do Mundo sub-17 no Egito, em 1997.
 

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