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02/09/2022 às 17h24min - Atualizada em 02/09/2022 às 17h24min

Confira o dia dos candidatos à Presidência da República

Agência Brasil
Foto: Divulgação
No Pará, Simone Tebet defende geração de empregos com floresta em pé

Candidata cumpriu agenda em Belém e à tarde vai a Santarém

Candidata cumpriu agenda em Belém e à tarde vai a Santarém


A candidata à presidência da República pelo MDB Simone Tebet cumpre agenda no Pará, nesta sexta-feira (2). Pela manhã, ela participou de uma caminhada pelo Mercado Ver-o-Peso, principal cartão-postal da capital paraense, Belém. Lá, a presidenciável foi recebida por simpatizantes, comeu peixe com açaí e fez uma parada na berlinda com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, que fica no centro do mercado. Participam da comitiva da candidata políticos correligionários que também disputam vaga nas eleições de 2022, além de apoiadores de Tebet.

Sobre suas propostas para a Região Amazônica, Tebet avaliou que está na hora da riqueza da Amazônia voltar para seu povo. Segundo ela, é possível fazer isso sem derrubar nenhuma árvore de forma ilegal. “É um desenvolvimento com qualidade de vida pra quem mora aqui. (...) Vamos fazer dinheiro trazendo bilhões de dólares pra região, pra que gera emprego de qualidade pras pessoas”, disse.

A candidata voltou a afirmar que sua candidatura é uma alternativa à polarização política e defendeu a pacificação do Brasil para unir as famílias novamente. Tebet avaliou que as mulheres estão se identificando com o projeto dela. “Nós somos hoje a única via capaz de unir o Brasil, garantir a paz que nós precisamos para o Brasil voltar a crescer, gerar emprego e garantir felicidade para as pessoas”, afirmou.

Ainda hoje a candidata emedebista participará de um almoço no Hotel Princesa Louçã, na Avenida Presidente Vargas, com o governador do estado e candidato à reeleição Helder Barbalho, entidades empresariais e lideranças da sociedade civil. À tarde, Simone Tebet fará outra caminhada, desta vez, em Santarém, no oeste do estado, com saída da Praça Tiradentes, no bairro Aldeia.

Ciro propõe que, em 30 anos, Brasil atinja padrão de vida de Portugal

Segundo candidato, país precisaria crescer entre 4,5% e 5% por ano

Segundo candidato, país precisaria crescer entre 4,5% e 5% por ano


O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, propôs hoje (2) que o Brasil atinja, em 30 anos, o padrão de vida existente em Portugal. “Portugal é o país mais pobre da Europa ocidental, então isso não é nenhuma tarefa impossível”, disse durante evento organizado pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP).

Segundo ele, se o Brasil crescer a uma média de 4,5% ou 5%, o Brasil vira Portugal em termos de indicadores sociais e econômicos. “É um prazo largo”, disse Ciro.

No evento, Ciro também falou que a política de teto de gastos públicos, instituída pela Emenda Constitucional 95/2016, impede o estado de ampliar investimentos em áreas essenciais, como saúde educação e segurança. Porém, ao mesmo tempo, segundo ele, o mecanismo mantém intocada a fatia do orçamento destinada ao pagamento de juros da dívida pública.

“O teto de gastos está servindo para tão somente uma coisa: ser a ferramenta escorchante da taxa de investimentos [públicos] que, pela primeira vez na história do país, está próxima a zero”, comentou o candidato. “Isto evidentemente condena o Brasil”.

Segundo ele, ser contra a política de teto de gastos não significa não buscar a austeridade fiscal. Mesmo criticando a emenda constitucional, ele defende que o estado não deva gastar mais do que arrecada.

“Só que não existe precedente de nenhuma nação que tenha posto [medida como essa], com status constitucional, com esta rigidez, por 20 anos, que só se pode aplicar em saúde, educação e segurança pública os críticos níveis de aplicação de [recursos de] hoje, mais a inflação [do ano anterior]”, ponderou Gomes.

Ciro concluiu o discurso dizendo que “este modelo, apesar de devastador para a economia real e para a sociedade, é extremamente enriquecedor de uma minoria de poderosíssimos interesses”. 

Bolsonaro diz que agricultores precisam ter liberdade para produzir

Ele também destacou a ampliação do porte de arma para o homem do campo

Ele também destacou a ampliação do porte de arma para o homem do campo


O candidato à reeleição para a Presidência da República pelo PL, Jair Bolsonaro, participou hoje (2) de uma cerimônia na 45ª Expointer, no município de Esteio, no Rio Grande do Sul. Durante o evento, ele destacou a importância do trabalho dos agricultores.

“A todo vocês, o agro na Expointer, o nosso reconhecimento pelo trabalho de vocês, [que garante] segurança alimentar, divisas para o nosso país”, disse. “Fazemos modestamente o nosso trabalho em Brasília, colaborando com vocês. Cada vez mais queremos que vocês tenham independência do Executivo e cada vez mais liberdade para trabalhar e produzir para nossa pátria”, completou.

O presidente também falou sobre a política de flexibilização do acesso a armas de fogo no país e a ampliação da posse de arma em toda a extensão de uma propriedade rural.

“Fizemos pouco, mas fizemos o possível, hoje vocês têm uma realidade que é a posse e porte de arma estendida para o homem do campo. Com orgulho, dobramos o número de CACs [caçadores, atiradores e colecionadores] no Brasil. Hoje somos 700 mil CACs pelo Brasil. Armas de fogo, mais que segurança familiar, a certeza que essa pátria jamais será escravizada”, disse em seu discurso.

Em conversa com jornalistas, o presidente falou sobre a atual fase da economia brasileira, que, segundo ele, vem se recuperando, após dois anos de crise por causa da pandemia global. “O Brasil está muito bem perante o mundo. Internamente, nós já estamos em uma situação melhor do que o pré-pandemia. Isso em função de medidas tomadas lá atrás. A Lei da Liberdade Econômica, uma limpeza nas normas regulamentadoras, desburocratização, somos o sétimo país mais digital do mundo.”

Bolsonaro destacou ainda que os preços da gasolina vêm caindo depois de altas consecutivas. “É a quarta redução feita pela Petrobras. Tivemos o apoio do [Arthur] Lira, presidente da Câmara, botando um teto no ICMS. Cada estado botava o percentual que queria. Até 17 estados, entre 2020 e 2021, estavam aumentando o seu percentual, quando o povo estava perdendo sua renda”, afirmou.

A feira está sendo realizada no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil. Bolsonaro assistiu ao desfile dos animais premiados nas competições da feira agropecuária e cumprimentou apoiadores. Ele estava acompanhado do vice-presidente Hamilton Mourão, candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, além de outros candidatos locais e autoridades.

O candidato à reeleição permanece no Rio Grande do Sul e amanhã cumpre agenda em Novo Hamburgo.

Lula defende agricultura familiar e demarcação de terras indígenas

Candidato do PT quer recriar Ministério da Pesca

Candidato do PT quer recriar Ministério da Pesca


O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje (2) que pretende, se eleito, garantir a demarcação dos territórios indígenas e quilombolas. “Eu estou assumindo um compromisso delicado com vocês. Eu preciso cuidar melhor dos indígenas, demarcar o território e garantir a demarcação”, disse, ao discursar em um encontro com representantes de povos originários em Belém (PA).

Lula também afirmou que é preciso agilizar o processo de demarcação das terras de comunidades remanescentes de quilombos. “Demora muito e o povo que mora quilombo não pode esperar a burocracia decidir o momento correto. Nós vamos cuidar daqueles que o Estado precisa cuidar”, acrescentou.

O candidato também voltou a dizer que pretende combater garimpos ilegais, principalmente em terras indígenas da Amazônia.

Além de voltar a falar da criação do Ministério dos Povos Originários que, segundo Lula, deverá ter um ministro indígena, o candidato destacou a importância de que as populações tradicionais estejam à frente das políticas destinadas a elas. “[Com] a quantidade de médicos que já tem formados [e que são] indígenas, eles mesmos podem cuidar da saúde indígena”, exemplificou.

Para Lula, é necessário mostrar que a preservação ambiental pode trazer mais ganhos econômicos do que a destruição da mata para a produção de commodities. “Nós temos que criar, na sociedade brasileira, a consciência de que manutenção da floresta em pé é mais saudável, mais rentável, do que tentar derrubar árvore para plantar soja, milho, cana ou para criar gado”, destacou.

É preciso ainda, segundo o candidato, diferenciar os empresários que agem dentro da lei dos que cometem crimes ambientais.

Lula disse também que quer incentivar a agricultura familiar, caso ele ganhe as eleições. A ideia é aumentar a oferta de alimentos e evitar, assim, o aumento dos preços. “A agricultura familiar se prepare para produzir mais, porque nós vamos criar uma coisa chamada Mais Alimentos para que aumente a capacidade produtiva, para que tenha mais comida no mercado e para que a inflação não proíba o povo de comprar o que comer”.

Outra proposta do candidato é recriar o Ministério da Pesca. Segundo ele, o país tem 8 mil quilômetros de costa marítima e 12% da água doce do mundo, por isso deve haver uma pasta específica para a pesca, em vez de colocar o assunto sob gestão do Ministério da Agricultura.
 

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