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23/05/2018 às 10h51min - Atualizada em 23/05/2018 às 10h51min

Alunos das Escolas Públicas de Guararapes e região, desempenham trabalho sobre Intolerância Religiosa

AtaNews
Foto: Arquivo
Distanciar-se de preceitos incompatíveis à ótica da diversidade, bem como considerar vivências e dinâmicas divergentes, demanda a projeção interativa sobre diferentes tecidos que compõem a vida social. Diante disso, os alunos do terceiro ano do Ensino Médio das Escolas de Guararapes e região, encabeçaram um projeto extracurricular que atentou-se ao conhecimento das religiões e segmentos de crenças diferentes.

O professor de Filosofia e Psicopedagogo Thiago Agostinis; Especialista pela Ufscar - Universidade Federal de São Carlos, ministra aulas e desenvolve um Projeto singular nas escolas públicas de Guararapes e região, sore a Intolerância Religiosa. ‘’ É de extrema importância a participação dos estudantes sobre tais temas, em especial no período de construção das identidades e apreensão de múltiplos conhecimentos mundanos. Fico imensamente feliz pelo emprenho dos mesmos com o trabalho, pois tal interação ilustra o desenvolvimento da tolerância a partir do íntimo contato com a diversidade’’ ressalta.

O lançamento experimental a segmentos que correspondem a uma pluralidade religiosa, muitas vezes alocada a planificações teóricas que destoam as concepções e crenças essencialmente ocidentais, como o Candomblé e Umbanda, estas últimas respectivamente de origem e ramificações africanas, historicamente reprimidas e silenciadas pelo espectro social, permite ao corpo discente o reconhecimento do latente preconceito instalado nos grupos e composições da esfera civil quando ao que se refere às diferenças existentes. 

O trabalho tangencia ordenamentos sensoriais intrínsecos aos alunos, como receio do desconhecido e de novas perspectivas: ‘Pai Abraão’, líder religioso pertencente ao Candomblé, é agora uma figura mais reconhecida na cidade em função de sua grande receptividade e exposição das conceituações próprias de seu segmento religioso.

O trabalho desenvolvido em agrupamentos específicos de alunos também implica em uma apresentação oral e debate com todos os outros alunos das turmas. ‘’ A explanação geral das especificidades de cada segmento é de extrema valiosidade para a dissolução dos estigmas que estão profundamente engendrados na consciência coletiva’’, conclui Agostinis.

No que se refere à intolerância religiosa, o professor ainda diz que, no Brasil ainda existem inúmeros casos de vítimas de discriminação em detrimento de sua religião, tendo em vista que, muitas pessoas confundem a liberdade de expressão com a opressão e acabam assim cometendo atrocidades causadas por desrespeito.

Entretanto, o desrespeito e a falta de ética são os causadores dessas atitudes. Todos os brasileiros têm por lei a liberdade de crença religiosa, que tem como conjunto, proteção e respeitos às manifestações religiosas, portanto, ao criticar a liberdade de expressão é válida, quando por meio desta, não ocorra nenhum tipo de agressão. 

Dessa forma, para impedir situações de intolerância religiosa no Brasil, é imprescindível a intervenção governamental, propagando a liberdade de crença. Segundo Agostinis, com esses movimentos de conscientização, as futuras gerações possuirão uma base de ensinamentos éticos, tendo em vista que, todos têm liberdade para crer na religião que desejarem.
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