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20/03/2022 às 18h02min - Atualizada em 20/03/2022 às 18h02min

Laboratórios russos têm escassez de equipamentos devido à guerra, diz site

TecMundo
Foto: Shutterstock
O setor de pesquisa da Rússia começa a sentir o impacto das sanções ocidentais: segundo o site Science Business, pesquisadores do país estão perdendo acesso a equipamentos vitais de laboratório e de tecnologia devido a sanções econômicas e paralisações logísticas.

Seguindo os movimentos das grandes corporações, alguns dos maiores fabricantes de instrumentos científicos do mundo pararam de vender produtos para a Rússia. Vsevolod Makeev, chefe do departamento de biologia computacional do Instituto Vavilov de Genética Geral, em Moscou, afirmou que as solicitações do país são rejeitadas ou "respondidas de forma que a entrega seja suspensa".

Produtos em falta
Segundo a reportagem, o país está ficando sem reagentes químicos e novos computadores. Os Estados Unidos proibiram a exportação de semicondutores –  produto que já sofria com escassez global devido aos gargalos criados na pandemia –, computadores, lasers e sensores para a Rússia.

Já a União Europeia proibiu a exportação de vários equipamentos técnicos, incluindo espectrômetros de massa e osciloscópios. “As sanções realmente impedem muitas áreas de pesquisa básica”, afirmou ao site o especialista em geopolítica tecnológica Julian Ringhof.

Futuro
O impacto das sanções sobre a ciência russa ainda é desconhecido, mas uma pesquisa de biólogos russos, intitulada “A biologia russa tem futuro?”, preocupa. Segundo eles, "é preciso comprar sobras de consumíveis para terminar o que já começamos”.

A perspectiva é que projetos experimentais em breve sejam interrompidos. “A atmosfera científica na Rússia, já um tanto provinciana, pelos padrões mundiais, será coberta por uma espessa camada de decadência”, afirmou um deles.

Para Alexander Nozik, pesquisador sênior do Instituto de Física e Tecnologia de Moscou, "não há futuro para a ciência russa isolada".

Sobre uma possível parceria com a China, o país asiático pode não ser capaz de compensar o déficit sozinho: além de dificuldades logísticas, os instrumentos chineses ainda estão "longe do nível internacional avançado", segundo pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências em Pequim.
 

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