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03/03/2022 às 14h12min - Atualizada em 03/03/2022 às 14h12min

4 de março: Dia Mundial da Obesidade, condição com a qual convivem mais de 40 milhões de brasileiros

Segundo estudos, cirurgias bariátricas aumentaram 70%

Redação
Cirurgião do aparelho digestivo Thiago Sivieri, do Austa Hospital, de Rio Preto
Esta sexta-feira, 4 de março, é o Dia Mundial da Obesidade, condição com a qual convive um em cada quatro adultos (mais de 18 anos) no Brasil estava obesa, segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019. São cerca de 41 milhões de obesos. Já o excesso de peso atingia 60,3% da população de 18 anos ou mais de idade, o que corresponde a 96 milhões de pessoas, sendo 62,6% das mulheres e 57,5% dos homens.

Para grande parte destas pessoas, a cirurgia bariátrica tem sido a melhor alternativa para vencerem o sobrepeso e recuperar a saúde e o bem-estar. É o que reflete o levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica, segundo a qual o número de procedimentos feitos por usuários de planos de saúde aumentou 68%, entre 2011 e 2020.

Já no SUS, o número de cirurgias bariátricas caiu em 70% em um ano: de 12.568, em 2019, para 3.772, em 2020, possivelmente, consequência da pandemia.

Para ser indicada a cirurgia bariátrica, o médico avalia peso, idade e/ou doenças associadas do paciente. “A cirurgia bariátrica é recomendada para pacientes com obesidade grau 3 (Índice Massa Corporal - IMC - maior 40) ou para pacientes com obesidade grau 2 (IMC maior 35), desde que tenha duas ou mais doenças relacionadas à obesidade (ex: pressão alta, diabetes, gordura no fígado, colesterol, etc). O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado”, explica o cirurgião do aparelho digestivo Thiago Sivieri, do Austa Hospital, de Rio Preto.

O paciente candidato a tal cirurgia, ainda deve apresentar obesidade há mais de 5 anos e ter tentado tratamento clínico por pelo menos 2 anos.

Nos últimos anos, várias técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas. A mais recente é a plicatura gástrica, indicada para pacientes com obesidade grau 1 (IMC entre 30 e 35). Realizada por laparoscopia ou por endoscopia, é uma técnica minimamente invasiva, que não necessita do implante de dispositivos e faixas e não impõe restrições alimentares graves.

Outra vantagem deste novo procedimento, segundo Dr. Thiago Sivieri, é ser reversível. “Se, por alguma razão, precisarmos voltar o estômago ao seu tamanho original, isso é possível. Além disso, como a anatomia do paciente não é redirecionada, não há restrições alimentares significativas”, pontua o cirurgião do Austa Hospital.

Além de perda de peso, muitos pacientes veem na cirurgia o benefício associado da redução da pressão arterial, diabetes e medicamentos de depressão. “É importante destacar que os benefícios são obtidos em médico, longo prazo e resultam da combinação da cirurgia com hábitos alimentares saudáveis e prática de atividade física”, diz o cirurgião.

Outra cirurgia realizada é a Gastrectomia Vertical ou “Sleeve”, que apresenta como vantagens desabsorção mínima de vitaminas e ótimos resultados para perda de peso. Há também a técnica By Pass Gástrico em Y Roux (BGYR).

“Temos que deixar claro que a escolha da técnica deve ser feita pelo médico em conjunto com seu paciente, levando em consideração hábitos alimentares, doenças associadas, idade, etc. A obesidade precisa ser encarada como uma doença e, com tal, deve ser combatida com medidas preventivas e curativas impactantes”, conclui o cirurgião do Austa Hospital.
 
 *com informações do Austa Hospital, de São José do Rio Preto.

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