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16/07/2021 às 12h17min - Atualizada em 16/07/2021 às 12h17min

No inverno, risco de sofrer infarto e AVC aumenta 30%, alerta cardiologista do Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC

Redação
Na foto, o cardiologista Luciano Miola, do Instituto de Moléstias Cardiovasculares - IMC
No inverno, o risco de sofrer um infarto aumenta 30%, segundo dados do Instituto Nacional de Cardiologia, nesta época do ano, a chance de desenvolver outras doenças vasculares, como o caso AVC (acidente vascular cerebral), também é elevada. “O risco é maior porque, em resposta à queda da temperatura, os vasos sanguíneos se contraem para manter o calor do corpo, aumentando a pressão arterial e, com isso, a possibilidade de infarto ou AVC”, explica o cardiologista Luciano Miola, do Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC, de São José do Rio Preto.

Além do aumento da pressão sanguínea, as complicações cardíacas e vasculares são mais fáceis de acontecer nesta época do ano também por conta da falta de hidratação e sedentarismo, já que as pessoas tendem a reduzir a atividade física ou mesmo não a praticar.

O AVC (acidente vascular cerebral) acontece quando os vasos responsáveis por levar o sangue até o cérebro entopem ou se rompem, causando assim morte dos neurônios da área cerebral que ficou sem a circulação sanguínea. Por esse motivo, quanto antes identificado e iniciado o tratamento, menores são as chances de danos mais graves ao paciente.

Dr. Luciano Miola explica que, para manter a temperatura do corpo (36º C), as terminações nervosas da pele incentivam a produção de uma substância que acelera o metabolismo para proteger os órgãos internos e evitar a perda de calor. “Este processo exige mais força do coração para conseguir bombear o sangue, pois as paredes dos vasos sanguíneos se contraem. Isso gera um aumento elevado da pressão sanguínea, o que pode levar a pessoa a ter um AVC ou infarto”, descreve o cardiologista do IMC.

Segundo ele, as pessoas podem se prevenir de sofrer estes problemas cardiovasculares adotando algumas atitudes como, por exemplo, se agasalhar melhor, manter a hidratação, não deixar de praticar exercícios, não tomar vento ou chuva, descansar sempre que possível, reduzir o álcool e cigarro e manter uma alimentação saudável e balanceada.

É importante prestar atenção em qualquer sinal de mudanças no organismo e, ocorrendo, procurar imediatamente o médico. Realizar consultas periódicas, com exames preventivos é fundamental também. A maioria das doenças pode ser curada quando descoberta e tratada com antecedência”, afirma Dr. Luciano Miola.

De acordo com o cardiologista, os sintomas do AVC podem aparecer dias antes, por isso deve-se estar atento e buscar ajuda médica o quanto antes.

Para identificar os sinais do AVC, pode-se usar a técnica conhecida como “SAMU”: sorriso, abraço, mensagem, urgente. Sorriso – durante o AVC a boca fica torta, peça para que a pessoa tente dar um sorriso. Abraço – nesse momento fica difícil para a pessoa levantar os dois braços ao mesmo tempo. Peça para que ela tente te abraçar. Mensagem – quem está tento um AVC começa apresentar dificuldades de fala, peça para a pessoa cantar. Você vai perceber a fala embolada.

Se perceber um desses sinais, o SAMU (fone 192) deve ser acionado urgentemente.

De acordo com o médico do IMC, outros sintomas são a dificuldade de caminhar ou ficar em pé, formigamento e falta de força em um lado do corpo, problema de memória recente e passada e dor de cabeça intensa com vertigem.

“O tratamento precoce com medicamentos, como TPA (fibrinolítico), pode minimizar danos cerebrais. Quanto antes a pessoa for socorrida e iniciar o tratamento, melhores serão os resultados e menores as sequelas”, finaliza Dr. Luciano Miola.

 *com informações do IMC Instituto de Moléstias Cardiovasculares

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