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11/04/2018 às 15h41min - Atualizada em 11/04/2018 às 15h41min

Brasil salva e devolve ao mar 35 milhões de tartarugas em 38 anos

Dois milhões de filhotes de tartaruga recebem auxílio e cinco mil tartarugas jovens e adultas são resgatadas de situações de risco pelo Projeto Tamar todos os anos.

ANDA Agência de Notícias de Direitos Animais
(Foto: Divulgação / Projeto Tamar)
O Brasil salvou, por meio do Projeto Tamar, 35 milhões de tartarugas, que foram devolvidas ao mar, em 38 anos de trabalho. Dois milhões de filhotes de tartaruga recebem auxílio do projeto anualmente. Entretanto, a cada mil deles, apenas dois sobrevivem ao ciclo natural dos ecossistemas marinhos.

Entre as causas de mortandade dos filhotes estão a poluição, a circulação de veículos nas praias de desova e as mudanças climáticas. Além do trabalho com as recém-nascidas, cinco mil tartarugas jovens e adultas são resgatadas de situações de risco, presas em redes e anzóis, todos os anos.

“Essa marca de 35 milhões não só celebra um esforço de 38 anos de existência do trabalho, mas também o aumento da conscientização das pessoas sobre o assunto. Isso é importante já que ainda é cedo para falarmos que as tartarugas estão livres de ameaças”, afirma o biólogo e gestor da central de visitantes do projeto em Ubatuba (SP), Bruno Amir.

O marco é considerado uma grande conquista para o país para o coordenador nacional do Tamar, Guy Marcovaldi. “A tartaruga (de número) 35 milhões simboliza essa importante conquista para a conservação marinha brasileira. E seguimos em frente, pois ainda temos muito o que fazer”, diz.

O projeto, que é a soma de esforços entre a Fundação Pró-Tamar e o Centro Tamar/ICMBio, atua na conservação de cinco espécies, todas ameaçadas de extinção: a tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), a tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), a tartaruga-verde (Chelonia mydas), a tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea).

Cerca de 1.100 quilômetros de praias, em 26 localidades, são protegidos pelo projeto na Bahia, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Os locais contam com áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas. As informações são do portal G1.

Atividades foram realizadas no último final de semana nas 26 praias para comemorar a conquista de 35 milhões de tartarugas salvas e marcar a renovação da parceria entre a Fundação Pró-Tamar e a Petrobras. Um investimento de R$ 13,3 milhões será feito no projeto nos próximos três anos, informa a estatal.



Tartaruga-de-pente
A espécie foi quase extinta devido à pesca, feita com o objetivo de utilizar a carapaça do animal para a fabricação de pentes, aros de óculos, talheres e outros artefatos. Na China e no Japão, essa tartaruga é covardemente morta para consumo humano. Em diversas nações, a captura e comércio do animal é proibido por lei.

A tartaruga-de-pente tem um casco que, muitas vezes, mede um metro de comprimento e é formado por escamas marrons e amarelas, sobrepostas umas às outras. Conhecida também como tartaruga-de-casco-vinho, tartaruga-legítima e tartaruga-verdeira, ela chega a pesar 150 quilos e tem a boca em forma de bico.

A espécie é a mais associada a águas tropicais. Costuma acasalar em lagoas rasas nas proximidades de praias, nas quais provavelmente irá nidificar, e nos demais períodos é solitária. Com 30 anos chega a maturidade e, na natureza, costuma viver até meio século.
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