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10/09/2020 às 15h26min - Atualizada em 10/09/2020 às 15h26min

Preparados para atuações que vão além do combate ao crime, PMs salvam bebê engasgado

“(...) Foi um momento ímpar”, contou o soldado Cabral que pela primeira vez atendeu esse tipo de ocorrência

SSP
Após atendimento inicial feito por policiais militares, a criança recebeu atendimento especializado no Hospital Geral de Pedreira (Crédito: Polícia Militar)
Quando ingressam na Escola Superior de Soldados (ESSd), muitos dos futuros militares acreditam que estão iniciando um processo de formação para combater o crime, mas no decorrer do curso aprendem inúmeras técnicas que auxiliam no salvamento de vidas.

A manobra de Heimlich, indicada para desobstrução de vias aéreas superiores, está entre os procedimentos ensinados. E foi justamente esse recurso usado pelos soldados Cabral e Franciely, do 22º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), na tarde da última quarta-feira (9).

Os dois integrantes da 4ª Companhia do batalhão estavam em patrulhamento pela rua Samuel Arnold, no bairro Cidade Ademar, na zona sul da Capital, quando um carro parou e um casal de idosos desembarcou acompanhado de uma mulher com uma criança no colo.

A mãe estava desesperada pois sua bebê, com apenas três meses de vida, não estava mais respirando após se engasgar com leite materno. Imediatamente o soldado Cabral apanhou a criança e, colocando-a de bruços sobre um de seus braços, iniciou o salvamento.

Ele encaixou o queixo dela entre dois dedos, deixando as pernas abertas - uma para cada lado do braço - e descendo um pouco o braço para o corpo da bebê ficar levemente inclinado, o soldado deu leves tapinhas nas costas, resultando na saída de um liquido pela boca.

“Após o primeiro sinal de respiro, passei a criança para a soldado Franciely que deu continuidade aos procedimentos já dentro da viatura, acompanhada da mãe, enquanto eu as conduzia ao Hospital Geral de Pedreira para um atendimento especializado”, explicou.

O soldado, que pela primeira vez realizou um atendimento do tipo em cinco anos de PM, contou que foi uma sensação única e inexplicável. “Quando eu escutei o choro gostoso da pequena Manoela, foi um momento ímpar. Pensei no meu afilhado e foi impossível não se emocionar”.

Na unidade de saúde, a criança passou por avaliação e permaneceu internada sob cuidados médicos – sem risco de morte. “Enquanto eu realizava a manobra parece que o mundo parou. Eu só tenho gratidão a Deus por me iluminar para eu colocar em prática tudo que aprendi”, concluiu o soldado Cabral.
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