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09/01/2018 às 14h46min - Atualizada em 09/01/2018 às 14h46min

Criador de criptomoeda baseada em um meme alerta para formação de bolha

Olhar Digital
Foto: Imagem Ilustrativa
O boom da bitcoin nos últimos meses trouxe consigo uma valorização repentina de vários outras criptomoedas. Junto de vários projetos interessantes como Ethereum, Monero e tantas outros, a onda também atingiu moedas como a dogecoin, criada como uma piada. Piada essa que já vale quase US$ 2 bilhões, assustando seu criador.

Jackson Palmer criou seu projeto em 2013, ano que marcou um dos primeiros surtos de valorização da bitcoin. A dogecoin, como seu nome sugere, é inspirada em no meme do Doge, muito popular da época, em que uma foto de um simpático cachorro da raça Shiba é sobreposta com textos coloridos em Comic Sans com frases com inglês desconexo e quebrado. Tecnicamente falando, a moeda é só um clone da bitcoin, sem ganhos técnicos.

O projeto da dogecoin já foi abandonado por Palmer, e a moeda não recebeu mais nenhuma atualização desde 2015. Isso não impediu, no entanto, que ela acompanhasse a onda especulativa das criptomoedas, o que deu ao seu criador a impressão clara de que esse mercado está profundamente inflado.

“Eu acredito que diz muito sobre o atual estado das criptomoedas em geral que uma moeda com a imagem de um cachorro, que não recebeu uma atualização de software em 2 anos tem mais de US$ 1 bilhão em capitalização de mercado”, ele afirmou.

Para ele, isso é um sintoma claro de que há uma bolha e que ela vai estourar, mas que é difícil prever quanto mais ela vai inflar e quando ela vai estourar de uma forma definitiva. “Minha única esperança é que quando isso acontecer e as pessoas perderem grandes quantias, a negatividade do mercado não sufoquem a inovação tecnológica ou o interesse em moedas digitais para longe do mainstream”.

Ele ainda é um entusiasta das criptomoedas, mas sua preocupação aponta para o problema de que boa parte do diálogo em torno delas gira em torno do seu potencial de valorização e da especulação, e não em seu potencial tecnológico disruptivo para permitir transferências monetárias sem depender de empresas ou governos. A supervalorização recente mais atrapalha do que ajuda a concretização do projeto para que as criptomoedas foram criadas, aponta Palmer.

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