17/04/2020 às 10h23min - Atualizada em 17/04/2020 às 10h23min

Coronavírus: mortes no Brasil passam de 1,9 mil e país já registra óbitos em todos os Estados

O Ministério da Saúde divulgou que o número de mortos pelo novo coronavírus no país chegou a 1.924, e o total de casos da doença, a 30.425

BBC
Todos os Estados do país já têm casos e óbitos confirmados de coronavírus
Com o registro de uma morte no Tocantins, o boletim mostra que agora há óbitos confirmados em todos os Estados e no DF. Em número de casos confirmados, continuam liderando os Estados de São Paulo (11.568), Rio de Janeiro (3.944) e Ceará (2.386). Em óbitos, também lideram São Paulo (853) e Rio (300). Em terceiro lugar está Pernambuco, com 160 mortes. A taxa de letalidade no Brasil está em 6,3% (número de óbitos por casos confirmados). Houve 188 novos casos de óbitos em todo o país.

Desde 19 de março, a pasta deixou de divulgar a quantidade de casos suspeitos e, dois dias depois, passou também a considerar que há casos de transmissão comunitária do vírus em todo o país.

A transmissão comunitária ocorre quando há casos em que não é mais possível identificar a cadeia de infecção. Isso significa que o vírus está circulando livremente na população. A situação é diferente de quando há apenas casos importados ou de transmissão local, em que é possível identificar a origem da infecção.

De acordo com uma análise da Organização Mundial da Saúde (OMS) baseada no estudo de 56 mil pacientes, 80% dos infectados desenvolvem sintomas leves (febre, tosse e, em alguns casos, pneumonia), 14% sintomas severos (dificuldade em respirar e falta de ar) e 6% doença grave (insuficiência pulmonar, choque séptico, falência de órgãos e risco de morte).

Nos casos importados, os pacientes se infectaram em viagens ao exterior. Nos casos de transmissão local, os pacientes se infectaram pelo contato próximo com casos do novo coronavírus.

Mais de 2 milhões de registros no mundo

Gráfico da BBC News

Gráfico da BBC News




O número de casos confirmados do novo coronavírus ultrapassou a marca de 2 milhões em todo o mundo nesta quarta-feira (15), apontou levantamento feito pela Universidade Johns Hopkins, com base em informações divulgadas pelos países. Segundo o estudo, mais de 128 mil pessoas morreram em decorrência do novo coronavírus no mundo até o momento.

Os países com mais casos, conforme dados até apurados esta quarta, são os Estados Unidos, com 612 mil registros; Espanha, com 177 mil e Itália, 165 mil.

Estados e medidas

Agente de saúde com máscara

Agente de saúde com máscara


Estados do país adotaram medidas para tentar conter a proliferação do vírus

Em todo o país, os Estados adotaram medidas para atender as recomendações do Ministério da Saúde. Passaram a ser proibidos eventos, de qualquer forma, para evitar aglomerações.

Diversas universidades e escolas pelo país suspenderam suas atividades nas redes públicas e particulares. Elas devem ser retomadas a partir do momento em que a situação da pandemia melhorar.

Também foram suspensas as visitas a pacientes internados por causa do novo coronavírus em hospitais públicos e privados e a detentos de unidades prisionais, assim como o transporte de presos para a realização de audiências.

Pandemia
Em 11 de março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, que já infectou 292 mil pessoas e causou 12,7 mil mortes (segundo dados de 22 de março da OMS) em todo o mundo.

A OMS estima que 3,4% dos pacientes morrem por causa da Covid-19, a doença causada por este vírus. Mas especialistas estimam que essa taxa de letalidade gire em torno de 2% ou menos.

O Ministério da Saúde informou que estudos apontam que 90% dos casos do novo coronavírus apresentam sintomas leves e podem ser tratados nos postos de saúde ou em casa.

Mas, entre aqueles que são hospitalizados, o tempo de internação gira em torno de três semanas, o que gera um impacto sobre os sistemas de saúde, de acordo com a pasta, já que os leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI) ficam ocupados por um longo tempo. Por isso, o governo vai buscar ampliar o número de leitos de UTI disponíveis.

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