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25/01/2020 às 12h56min - Atualizada em 25/01/2020 às 12h56min

Número de presos no Japão atinge o menor nível em 2 décadas

Japão tem menos de 50 mil presidiários, o que representa apenas 0,04% do total da população japonesa, estimada em 125 milhões.

MUNDO-NIPO
O número de presos em todo o Japão, incluindo detidos em presídios convencionais,  prisões juvenis e centros de detenção, caiu ao menor nível em 23 anos, totalizando menos de 50.000 até o final de 2019, de acordo com um relatório divulgado este mês pelo Ministério da Justiça do país, informou a agência japonesa Jiji Press. 

O número, que totalizava 50.578 no final de 2018, somava 48.802 até o final de outubro de 2019, ou seja, presidiários no Japão representam menos de 0,04% da população japonesa, estimada em 125 milhões no último relatório divulgado pelo governo japonês.

O Departamento de Correção do Ministério da Justiça disse que “existem vários fatores para os motivos da tendência de baixa na população prisional, tais como mudanças em situações sociais e econômicas”, citando ainda, entre outros motivos, a constante queda na taxa de criminalidade no país.

O número de crimes reconhecidos pelas autoridades policiais tem apresentado uma “tendência decrescente” desde o pico em 2002, segundo o Ministério.

Fechamento de presídios
Em 2006, o número de presos e detidos ultrapassou os 80.000, causando uma escassez na capacidade dos presídios e centros de detenção. Atualmente, nenhuma prisão ou centro de detenção no Japão tem escassez de sua capacidade, e a taxa de ocupação é menor do de 60% da capacidade total dos presídios e centros de detenção em todo os país.

A prisão de Sasebo, na província de Nagasaki, foi fechada em março de 2019 e tornou-se uma agência do centro de detenção. A prisão de Kurobane, na província de Tochigi, será fechada em março de 2022.

Envelhecimento da populacional prisional
Além do envelhecimento das instalações, uma queda no número de prisioneiros jovens tem sido um fator por trás dos fechamentos, disse a autoridade.

Enquanto isso, mais e mais presos estão envelhecendo. A proporção de reclusos com 60 anos ou mais aumentou para 19,6% no final de 2018, ante 10,3% no final de 2002.

O número de detentos que precisam de ajuda para o simples ato de ir banheiro ou tomar banho, além daqueles que são incapazes de participar de atividades em grupo, está aumentando, o que tem exigido a contratação de mais agentes penitenciários para ajudá-los.

Prisões em todo o país estão trabalhando para tornar suas instalações apropriadas para presidiários idosos, o que inclui instalação de corrimãos nos banheiros e construções de rampas para acesso de cadeiras de rodas.

Muitos presídios também contrataram cuidadores e outros funcionários especiais para cuidar dos presos idosos, bem como  auxiliar agentes penitenciários, conforme noticiou a agência Jiji.
 
População prisional no Brasil
O número de presos no Brasil somava cerca de 812 mil até julho de 2019, segundo o último relatório do Banco de Monitoramento de Prisões, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O total de presos no país é próximo ao da população de uma cidade como Nova Iguaçu (RJ) – 818.875 habitantes, segundo estimativa do Instituto Geográfico Brasileiro de Estatística (IBGE).

Os dados mostram que, do total da população carcerária, 41,5% (337.126) são presos provisórios – pessoas ainda não condenadas. A marca de 800 mil presos foi ultrapassada no início de julho passado.
 
O banco de monitoramento do CNJ é alimentado diariamente com dados fornecidos pelos tribunais estaduais.

O órgão alerta que o número de presos pode ser ainda maior, isso porque alguns estados não completaram totalmente a implantação do sistema e por isso ainda fornecem informações parciais.
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