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24/10/2019 às 13h46min - Atualizada em 24/10/2019 às 13h46min

Presidente visita Grande Muralha na China e tem encontro com empresários

O país é o primeiro parceiro comercial do Brasil, com volume de comércio que é o dobro do que tem com o segundo, os EUA

Gov. Planalto
A Grande Muralha foi o primeiro destino do presidente da República, Jair Bolsonaro, em viagem oficial à China, após desembarque nesta quinta-feira (24). Foi o segundo país da viagem da comitiva presidencial pela Ásia e Oriente Médio. 



Sobre as expectativas em relação à visita ao país, o presidente brasileiro declarou, em entrevista à imprensa. "Como fui recepcionado até agora, tenho certeza que a viagem será coroada de sucesso." E adicionou. "O que for preciso fazer para o desenvolvimento do País, nós faremos."



Acompanhado dos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina; do Gabinete de Segurança Institucional, General Heleno;  da Cidadania, Osmar Terra; e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, Bolsonaro andou pela Grande Muralha da China, onde encontrou-se com o diretor do  monumento, Chen Fei, e assinou o livro de visitas. 

Ao Planalto, a ministra Tereza Cristina explicou que chegou antes da comitiva para finalizar acordos comerciais na área agrícola. "Assuntos que interessam ao Brasil para a abertura de novos mercados", enfatizou.

Na saída do hotel onde está hospedado, Bolsonaro encontrou-se com  crianças do Centro de Intercâmbio de Futebol Brasil China.


Fiesp
Em seguida, o presidente Bolsonaro, acompanhado de ministros e secretários, participou de encontro com empresários chineses e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. "Oportunidade de bilhões de dólares de investimento na área de agricultura, infraestrutura e outros", registrou em suas redes sociais após a reunião.


A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009 e uma importante fonte de investimentos na economia brasileira. Os dois países mantêm, desde 2012, Parceria Estratégica Global, com intensa agenda de cooperação em diversas áreas, tais como economia, comércio, ciência, tecnologia e inovação, educação, cultura e esportes. 

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a visita do presidente Bolsonaro oferece oportunidade para impulsionar objetivos estratégicos do Brasil na relação bilateral, tais como a ampliação e diversificação da pauta exportadora para o mercado chinês, a atração de investimentos chineses, de acordo com as prioridades nacionais, e o melhor aproveitamento das potencialidades de cooperação bilateral em ciência, tecnologia e inovação. 

Investimento e parceria
Além de maior parceiro comercial, atualmente a China é o 9º maior investidor no país, de acordo com dados do Banco Central. Atualmente, o estoque de investimento chinês no Brasil equivale a US$ 79 bilhões, de acordo com o Boletim de Investimentos Estrangeiros do Ministério da Economia (julho/2019). Esses recursos concentram-se majoritariamente em energia (geração e transmissão, além de petróleo e gás) e infraestrutura (portuária e ferroviária). 


Brasil e China já possuem intensa parceria na área de ciência, tecnologia e inovação. Destaca-se, na área espacial, o programa de satélites CBERS. (“China-Brazil Earth Resources Satellite/Satélites Brasil-China de Recursos Terrestres”), criado em 1988.  Novo satélite fruto dessa cooperação, o CBERS-4A, será lançado ainda este ano, no mês de dezembro. Foram também estabelecidos centros binacionais dedicados a pesquisa em áreas da vanguarda tecnológica, como nanotecnologia e mudança do clima e tecnologias inovadoras.

Relacionamento
Desde o início de 2019, diversos representantes do governo brasileiro visitaram a China. Em maio, o vice-presidente, Hamilton Mourão, copresidiu, juntamente com o vice-presidente chinês, Wang Qishan, a V Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), a mais alta instância de mecanismo bilateral entre os dois países. Também já haviam visitado o país os ministros Tereza Cristina e Bento Albuquerque.

Do mesmo modo, autoridades chinesas de alto nível estiveram no Brasil neste ano. Em julho, o ministro de Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, esteve no país para participar da terceira edição do Diálogo Estratégico Global Brasil-China (DEG) e do encontro de ministros das Relações Exteriores do BRICS. O Brasil recebeu ainda, em setembro, visita do ministro de Defesa da China, Wei Fenghe, e, em outubro, de membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, Yang Jiechi, no contexto de reunião dos conselheiros de segurança nacional do BRICS.  

 
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