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06/03/2019 às 08h56min - Atualizada em 06/03/2019 às 08h56min

Conheça a trajetória de Heitor Villa-Lobos, um dos maiores compositores brasileiros

Comemoramos ontem, terça-feira (5), o Dia Nacional da Música Clássica e com isso, fizemos uma homenagem à data de nascimento do carioca, que estaria completando 132 anos

Portal Brasil
Villa-Lobos fundou a Academia Brasileira de Música em 1945 - Foto: Academia Brasileira de Música
Celebrado em todo o País, na última terça-feira (5), o Dia Nacional da Música Clássica que homenageia a data de nascimento do maestro e compositor Heitor Villa-Lobos, considerado o maior expoente deste gênero musical no Brasil. Compositor de cerca de mil obras e fundador da Academia Brasileira de Música, foi um dos principais responsáveis por levar, ainda nas primeiras décadas do século XX, a música brasileira aos principais centros da Europa, berço da música erudita.

Trajetória
Nascido em 5 março de 1887, no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, Heitor Villa-Lobos iniciou sua formação musical aos seis anos de idade com o pai, Raul Villa-Lobos, dedicando-se ao violoncelo e ao clarinete. Com a tia Fifina, passou a estudar piano, o que o colocou em contato com as obras de Johann Sebastian Bach, que viria a ser uma importante referência. Mais tarde, ingressou no Instituto Nacional de Música, onde estudou violoncelo e harmonia.

Durante a juventude, teve contato também com a música popular brasileira, sobretudo por meio dos "chorões" do Rio de Janeiro. Fez diversas viagens pelo Brasil, passando temporadas em estados como Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Paraná e Amazonas, de onde pôde obter mais influências que ajudaram a consolidar seu estilo.

O ano de 1915 marcou o início da apresentação oficial de Villa-Lobos como compositor em concertos, teatros e cinemas no Rio de Janeiro. A modernidade de suas obras chamava a atenção de críticos, que muitas vezes condenavam esta característica, incomum à época. Na década de 1920, o movimento modernista nas artes nacionais se acentuou, resultando na Semana de Arte Moderna de 1922, da qual Villa-Lobos participou ativamente, apresentando-se em três espetáculos. Nesta época, passou a compor obras ainda mais vanguardistas.

Em 1923, fez sua primeira viagem à Europa, apresentando-se em Paris e retornando ao Rio de Janeiro no ano seguinte. Voltou à capital francesa em 1927, desta vez para uma temporada de três anos. Nesta segunda oportunidade, ganhou prestígio internacional, apresentando-se e regendo orquestras nas principais capitais europeias.

De volta ao Brasil em 1930, passou a abraçar a causa da educação musical, iniciativa que culminou na criação do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, em 1942. A partir de 1944, ampliou ainda mais sua inserção no cenário internacional ao começar a se apresentar nos Estados Unidos, regendo algumas das principais orquestras norte-americanas e, inclusive, compondo obras para filmes e musicais. Em 1945, fundou a Academia Brasileira de Música, inspirada na Academia Brasileira de Letras e na Academia Francesa. Heitor Villa-Lobos morreu de câncer, no Rio de Janeiro, em 17 de novembro de 1959.

Museu
O legado do compositor é preservado por meio do Museu Villa-Lobos, localizado em um casarão tombado no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. Administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o espaço conta com um acervo de mais de 53 mil itens, entre partituras, correspondências, recortes de jornais, discos, filmes, livros, condecorações, instrumentos musicais e objetos de uso pessoal. A visitação pode ser feita de segunda à sexta-feira, das 10h às 17h.
 
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