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08/02/2018 às 14h58min - Atualizada em 08/02/2018 às 14h58min

Médico alerta para os perigos do uso excessivo de drogas durante o Carnaval

Entre as mais comuns, o cardiologista Flávio Salatino, cita o álcool; no entanto, o uso de maconha, cocaína e crack também aumenta nessa época do ano

Assessoria de Imprensa
Médico cardiologista Flávio Salatino
Às vésperas do Carnaval, momento cultural brasileiro ímpar, sinônimo de festa e alegria, é preciso tocar em um tema controverso: os abusos cometidos principalmente com o uso de drogas lícitas – aqui entra o álcool e também – e ilícitas – entre elas maconha, cocaína, crack e lança perfume. Além de levar á dependência, há também o risco de morte por overdose.

Infelizmente, muitas vezes o lado bom do Carnaval acaba sendo apenas um pretexto para o uso abusivo dessas substâncias. Ou seja, em vez de os simpatizantes aproveitarem uma das maiores expressões da cultura nacional, divertindo-se de forma ordeira, optam por colocar em risco a própria vida e a de outros.

Sendo assim, nessa época do ano, o número de acidentes nas rodovias cresce, por exemplo, devido ao consumo excessivo de álcool. O Brasil é o segundo país em consumo abusivo de álcool, ficando atrás apenas da Irlanda, segundo o Global Drug Survey.

De acordo com o estudo, cerca de 27% dos entrevistados brasileiros afirmaram ficar extremamente embriago pelo menos uma vez no mês. Por isso, bancos de sangue realizam campanhas para aumentar o estoque. Como se não bastasse a imprudência de motoristas que consomem bebida alcoólica e dirigem, há também o consumo excessivo de drogas, entre elas maconha, cocaína, crack e lança perfume.

De acordo com o médico cardiologista, Flávio Salatino, os prejuízos provocados pelo uso dessas substâncias podem ser agudos – processo de intoxicação ou overdose – ou crônicos, com alterações irreversíveis, em muitos casos. "A cocaína, por exemplo, é a principal causa de infarto agudo do miocárdio em pessoas com menos de 30 anos. Já o crack, com ações mais intensas, é uma condenação à morte. A perspectiva de vida é reduzida drasticamente após dois anos de dependência", afirmou Salatino.

Ainda, segundo Flávio Salatino, há outro risco, ignorado pela maioria dos jovens, mas que pode trazer sérios danos à vida 'útil' do coração, além de levar a morte. "Estou falando da mistura 'explosiva' de energético com bebidas alcoólicas – uísque e vodca. Ela pode provocar sérios problemas no ritmo cardíaco, assim como está associada diretamente a acidente vascular cerebral e morte súbita. Isso porque, o principal ingrediente dos energéticos é a cafeína, composto ao qual se atribui boa parte dos sintomas", explicou o cardiologista. 

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