30/10/2018 às 10h06min - Atualizada em 30/10/2018 às 10h06min
PETA tenta impedir testes de maquiagem à prova de ácido em animais
Médica que está desenvolvendo o produto diz que os testes em animais eram uma possibilidade, mas que pretende buscar alternativas
ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Pixabay A organização Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA, sigla em inglês) contestou sobre a possibilidade do uso de animais em testes de cosméticos à prova de ataque ácido. A Dr. Almas Ahmed, médica responsável pelas pesquisas de desenvolvimento do produto, disse que testar seu produto em animais era uma possibilidade, mas esclareceu que pretende buscar alternativas
A médica havia lançado uma página de arrecadação com o objetivo de conseguir 250 mil libras (aproximadamente 1 milhão e 200 reais) para financiar o desenvolvimento do seu produto chamado Acarrier, em uma clínica, no Reino Unido. Logo em seguida, a PETA se manifestou para se opor as possibilidades desse novo produto ser testado em animais.
A ONG defensora da causa animal afirmou que respingar animais com ácido causaria revolta.
“Esta é uma alternativa cruel e abominável”, disse Emily McIvor, assessora de política científica da PETA UK. “
Haveria uma revolta popular, para não mencionar as acusações legais, caso decidam usar animais para fazer testes com ácido. Se esses forem os métodos para avaliar a eficácia deste produto, a Dr. Ahmed será justamente condenada.” Ela ainda sugeriu para que a médica optasse por métodos humanos alternativos.
“A PETA pede à Dr. Ahmed que use apenas métodos de teste de última geração, incluindo modelos tridimensionais reconstruídos de pele humana, que forneçam resultados relevantes para o ser humano e poupam os animais de serem submetidos a queimaduras, úlceras com sangue, crostas, e dor extrema.” Quando questionada sobre as preocupações da PETA, a Dr. Ahmed disse que está considerando alternativas humanitárias.
“I
nicialmente estávamos pensando na possibilidade de testes em animais, agora estamos procurando ativamente por outras opções, para que o produto seja livre de crueldade“, disse a médica.
“Estamos felizes em apoiar a PETA e produzir um cosmético livre de crueldade. Quero tranquilizá-los e explicar que absolutamente nenhum teste em animais ocorreu e gostaria de trabalhar com eles para que continue assim”. A lei que proíbe a realização de testes em animais com produtos de cosméticos, no Reino Unido e Europa, também se aplica a produtos de higiene diária, como sabonete, shampoo, desodorante e creme dental, bem como perfumes e maquiagem.