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01/10/2018 às 13h52min - Atualizada em 01/10/2018 às 13h52min

Saiba quantas vezes por dia é realmente necessário passear com os cachorros

Não importa se você mora em casa ou apartamento, o cão precisa sair para gastar energia e/ou fazer as necessidades

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Divulgação
Não importa se você mora em casa ou apartamento, se você tem um cachorro, necessariamente vai precisar passear com ele. Algumas dicas, no entanto são fundamentais para não transformar esse momento em estresse e deixar o passeio ainda mais prazeroso tanto para o tutor quando para o animal.

Leandro Alves, adestrador de cães há três anos, explica que o passeio com o cachorro deve ser um momento tranquilo, antes de tudo. E que a quantidade de passeios e o tempo gasto são variáveis: “não existe um número de vezes certas que devem ser feitos os passeios diários. É preciso avaliar a rotina do cão, quanto tempo fica sozinho, se vai para creche, se tem muita ou pouca energia. Os cães braquicefálicos (com o focinho achatado, estilo pug), têm uma dificuldade  maior em respirar, para esses cachorros, o ritmo do passeio deve ser menor e em horários de temperaturas mais amenas.”

O porte do cão

O porte do cachorro na hora do passeio não faz diferença. Leandro explica que o nível de energia do cão nem sempre está relacionado ao tamanho. Contudo, cães obesos devem ter uma rotina específica nessas horas. “A conciliação com uma reeducação alimentar do cão, junto com o exercício físico, nesse caso, são muito importantes, e devem sim, ser seguidos com um especialista”.

Felipe Bezuska, adestrador há cinco anos, comenta que, independente do porte, cães devem passear pelo menos duas vezes ao dia, por no mínimo 15 minutos. Mas isso depende muito da personalidade e do local onde moram. “Cachorros agitados devem passear mais, os mais calmos, menos”.

Casa ou apartamento

O adestrador Felipe salienta que cães que moram em apartamentos pequenos demandam mais passeios, porque eles ficam mais tempo em função da atenção dos tutores, por terem menos atrativos do que em uma casa. Contudo, morar em casa também não é sinônimo de que não precise passear com o cachorro. Depende muito das opções que o cão possui para se entreter, como por exemplo, um quintal grande.

Além disso, cães que não possuem à disposição uma parte de grama onde moram, devem sim sair de casa, pelo menos uma vez ao dia. “O ambiente externo, a grama, o contato com a natureza, além de ser do instinto do cão, aumenta a imunidade. Devemos respeitar a forma natural dele ser no meio ambiente, além de manter os cachorros equilibrados”, avalia o adestrador.

Equipamentos para a hora do passeio

Antes do passeio, uma dica dos adestradores é sempre deixar a guia ou peitoral em locais visíveis, isso ajuda para que o cão se acostume com o equipamento, e não fique agitado toda vez que a ver. Já na hora do passeio, é muito importante que o cachorro esteja confortável com esses equipamentos. Ela é usada para a segurança do animal, tendo sempre em vista, a imprevisibilidade do ambiente.

Quando houver a necessidade, dependendo do tempo, é sempre importante levar água para reposição, de ambos, cachorro e tutor. Além disso, a sacola plástica, para limpar as necessidades do cachorrinho também é imprescindível.

O passeio

Na hora do passeio, Leandro tira o mito de que o tutor na frente delimita a hierarquia: “ao contrário do que se pensava antigamente, a posição em que o cão passeia não define uma posição de liderança. O importante é o conforto para ambos”. Mas, o  cão não deve arrastar o tutor pela rua, nem vice-versa, por exemplo.

O treinamento com sinais sonoros, como assobio, é muito importante. Porém, para que sejam eficazes, é preciso treinar adicionando estímulos gradativamente, ou seja, primeiro em casa, depois em um local externo com pouco estímulo e assim por diante. Lembrando que os cães mais jovens aprendem com mais facilidade, mas todos os cães podem ser treinados.

O encontro com outros cães

Na hora do passeio, é muito normal encontrar outros animais. Leandro dá a dica de antes de aproximar dos outros cães, observar se eles estão relaxados e em uma postura amigável. “Quando o cão se aproxima do outro puxando a guia, seu corpo toma uma posição que, por vezes, pode passar uma mensagem errada ao outro cão. Convém perguntar ao outro tutor se o cão é sociável e, ao se aproximar, deixar a guia relaxada, tomando cuidado para não enrolar as guias, enquanto os cães cheiram uns aos outros”.

Contudo, há momentos de encontro com outros cães em locais abertos, em que eles estão sem guia. Nesse caso, o adestrador alerta para observar se o cão está confortável. “As brincadeiras, por exemplo, não podem levar à agressão e é preciso respeitar a vontade do seu cão, uma vez que nem sempre ele estará disposto a brincar com os outros. Se este for o caso, o melhor é afastar-se, sem pressioná-lo”.

Dicas dos adestradores:

– Antes de estar com as vacinas em dia não é recomendado que o cão tenha contato com outros animais, mas podemos levá-lo para fora de casa no colo permitindo que observe e ouça vários estímulos diferentes.

– Desta forma ele já irá se preparando para o mundo lá fora.

– O material utilizado no passeio deve ser confortável e não deve machucar o cão. O uso de coleira e enforcador não são indicados. Caso o cão puxe, existem peitorais de treinamento indicados para este fim.

– A guia e peitoral devem ficar em um local visível em casa, para que o cão se acostume com o equipamento e não fique agitado toda vez que a ver.

– Antes de sair de casa, evitar falar com o cão de uma forma que o deixe agitado, porque isso irá refletir no passeio.

– Para que o seu cão relaxe e aproveite o passeio, permita que ele cheire e interaja com o ambiente, mantendo sempre que possível a guia relaxada.

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