11/08/2021 às 14h39min - Atualizada em 11/08/2021 às 14h39min

ALUNO DE MEDICINA VETERINÁRIA DÁ MAU EXEMPLO E MORDE FORTEMENTE FOCINHO DE BOVINO

O fato ocorreu, semana passada, em Canindé, cidade interiorana do Ceará - Já fiz denúncia ao MP desse Estado

Gilberto Pinheiro

Gilberto Pinheiro

Amigos dos animais. Somos o coração, a alma, a voz dos animais. Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil.

Quando o assunto é a defesa dos fragilizados animais, a minha alma é inquieta, ávida por solução.  E foi exatamente o que ocorreu na semana passada, entre os dias 2 e 6 desse mês de agosto, 2021.   Assisti num programa televisivo uma aberração: um aluno de medicina veterinária, estudante da FATENE - Faculdade de Tecnologia do Nordeste, situada no Ceará, cometeu um crime contra um indefeso bovino que era transportado precariamente num caminhão em Canindé, cidade interiorana do Ceará, estacionado numa fazenda. A  filmagem foi feita pelo seu comparsa que também se divertiu muito com essa insanidade. As imagens foram divulgadas em sua rede social e logo retiradas, em virtude da grande repercussão negativa.   Ele mordeu com tanta força o focinho do pobre e indefeso animal que sofreu muito e o indivíduo  ainda ficou rindo de sua atitude inferior.

Será que esse estudante não levou em consideração que poderia ser denunciado?
Ou não sabe que agredir animais é crime?

Ciente do fato, logo pensei que tinha que fazer a minha parte, tomar as providências legais para punir esse infrator que descarregou suas fraquezas, recalques e frustrações no animal, rindo bastante.   Os dois, ele e o veterinário que filmou o fato são criminosos e entrei em contato com a universidade que, até agora, não me respondeu.  Denunciei o crime hoje, segunda-feira, 09 de agosto do corrente ano e pedi a expulsão desse aluno que não tem moral para ser veterinário.  O que ele fez não tem desculpa!

Paralelamente,  entrei em contato com o  Ministério Público do Estado do Ceará, denunciando o infrator, insistindo com o pedido de expulsão sumária da faculdade, além do seu comparsa.  Reforcei a denúncia, baseado na lei federal 9605/98 (lei de crimes ambientais, artigo 32 - maus-tratos, crueldade aos animais).  Ancorei-me também na Constituição Federal, artigo 225 / § 1º  que tem a seguinte definição:

Art. 225. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.  Agredir um animal é crime e esse aluno deve saber disso, uma vez que é estudante de veterinária. Possivelmente, movido pela certeza ou possível certeza da impunidade, resolveu agredir o bovino.   Esse indivíduo é um irresponsável, sem credibilidade para abraçar essa nobre profissão.

Ele NÃO tem condições morais e emocionais para ser um bom  veterinário.  E pedi, subsidiado  nas leis específicas e protetivas aos animais, que o MP aja energicamente, inclusive, solicitando ao magistrado que julgará o crime, a expulsão desse aluno problemático da faculdade em que estuda, no caso, a FATENE.   Reforcei o pedido do afastamento dele dessa instituição de ensino.   Infelizmente, ao reclamar junto a essa faculdade, até agora,  não recebi resposta, rastro de profunda e  inequívoca falta de educação, pois quem pergunta tem direito à resposta, ancorado no artigo 5º da Constituição Federal.

Irei até o fim e nada passará incólume.  Se não expulsarem o aluno, vou acionar a OAB local e os meios de comunicação, denunciando essa aberração e impunidade. É impensável que, em pleno terceiro milênio, ainda haja maus-tratos e crueldade contra os indefesos animais.  Temos que denunciar sempre que houver imperiosa necessidade.  Eu denuncio, sem medo de nada!

Gilberto Pinheiro é jornalista, palestrante em escolas,
universidades, ex-consultor da CPDA/OAB-RJ, Comissão
de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados
do Brasil, seccional Rio de Janeiro


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Gilberto Pinheiro
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