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06/09/2018 às 09h59min - Atualizada em 06/09/2018 às 09h59min

Saiba como adaptar um jardim para portadores de necessidades especiais

É preciso ter cuidados com o piso, móveis e plantas para que a pessoa com deficiência circule com segurança

Revista Zapimóveis
Jardim para cadeirantes deve ser trabalhado de maneira especial (Foto: Thinkstock)
É preciso ter cuidados com o piso, móveis e plantas para que o deficiente circule com segurança. Para fazer um jardim que seja 100% acessível a uma pessoa com deficiência, como o cadeirante, primeiramente deve-se seguir à risca a NBR9050, segundo o arquiteto Eduardo Ronchetti.

Um dos cuidados diz respeito aos revestimentos, pois os pisos devem ser antiderrapantes. Hoje em dia existe uma gama de opções muito vasta no mercado. Ronchetti cita como um revestimento nobre e belo o piso de pedra natural travertino com acabamento flameado. “É como se a pedra não recebesse o polimento, ficando com porosidades que o ajudam a ser antiderrapante”, explica.

Piso antiderrapante é a melhor opção para locomoção dos cadeirantes (Foto: Thinkstock)

Piso antiderrapante é a melhor opção para locomoção dos cadeirantes (Foto: Thinkstock)


Piso antiderrapante é a melhor opção para locomoção dos cadeirantes (Foto: Thinkstock)

Outra opção é o piso fulgê, bastante poroso e antiderrapante, mas é preciso ter o cuidado de especificar que o material seja executado com certo limite de irregularidade, pois a trepidação deve ser muito leve para não prejudicar a circulação do cadeirante.

Para mobiliário não existe uma linha específica, tudo poderá ser utilizado, contanto que sejam seguidas as dimensões ideais estabelecidas na NBR9050. Os móveis devem estar dispostos no ambiente de forma que não atrapalhem a circulação. Caso o cadeirante queira se transferir para uma cadeira, por exemplo, o móvel deve ter a altura de 46 cm.

Cadeiras devem estar na altura ideal para que o cadeirante tenha mais facilidade (Foto: Thinkstock)

Cadeiras devem estar na altura ideal para que o cadeirante tenha mais facilidade (Foto: Thinkstock)


Cadeiras devem estar na altura ideal para que o cadeirante tenha mais facilidade (Foto: Thinkstock)

Para as plantas também não existe algo específico, segundo Ronchetti. “Mas sempre procuramos buscar com nossos fornecedores materiais mais texturizados, a fim de aguçar as sensações de uma pessoa com deficiência visual, por exemplo”, orienta. Além disso, é necessário procurar plantas que não atrapalhem a circulação, que não se transformem em obstáculos suspensos ou com raiz muito grande.

A arquiteta Laurimar Coelho complementa que o piso não pode ter interferências, deve ser plano para a cadeira circular livremente. O espaço deve ser largo para a manobra da cadeira. “Algo de, no mínimo, 1,5 metro quadrado para o cadeirante poder fazer curvas”, aconselha.

“As plantas escolhidas devem ser arbustos que tenham altura média na fase adulta para que o indivíduo possa apreciá-la e tê-las ao alcance das mãos. Pode-se fazer um jardim sensorial, com plantas das mais variadas texturas cores e aromas”, recomenda Laurimar.

Jardim deve ser livre de plantas que atrapalhem o caminho de deficientes visuais (Foto: Thinkstock)

Jardim deve ser livre de plantas que atrapalhem o caminho de deficientes visuais (Foto: Thinkstock)


Jardim deve ser livre de plantas que atrapalhem o caminho de deficientes visuais (Foto: Thinkstock)

Ela lembra ainda que plantas de folhas pontiagudas e com espinhos, de copas baixas e largas devem ser evitadas para não machucar o cadeirante. “Para quem gosta de lidar com a terra, a dica é investir em jardineiras suspensas. Dessa forma, a base das plantas fica mais ao alcance das mãos.”

Horta deve ser suspensa para o manuseio do cadeirante (Foto: Shutterstock)

Horta deve ser suspensa para o manuseio do cadeirante (Foto: Shutterstock)


Horta deve ser suspensa para o manuseio do cadeirante (Foto: Shutterstock)

Quanto aos móveis, Laurimar lembra que algumas espreguiçadeiras são baixas e desconfortáveis para fazer a transferência da cadeira para o assento. “Opte por cadeiras do tipo padrão, mas que sejam apropriadas para jardins, mais resistentes à chuva e ao sol”, ensina. Segundo a arquiteta, há vários fabricantes especializados em mobília para áreas externas, com jardins e piscinas. “São móveis leves e há ainda as camas de jardim, que são muito confortáveis”, diz.



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