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06/09/2018 às 09h51min - Atualizada em 06/09/2018 às 09h51min

Unesp participa de Conferência da Sociedade Geográfica Real

Geógrafos de Presidente Prudente apresentaram trabalhos no Reino Unido

Assessoria de Imprensa, Unesp
Professores da FCT, câmpus Presidente Prudente, Maria Encarnação Beltrão Sposito, Eliseu Savério Sposito e Bernardo Mançano Fernandes, na Royal Geographical Society, em Londres, Inglaterra.( Foto: Divulgação)
Pesquisadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp (FCT), câmpus de Presidente Prudente / SP  fizeram comunicações orais durante a Conferência Internacional Anual da Sociedade Geográfica Real junto com o Instituto de Geógrafos Britânicos (RGS-IBG Annual International Conference 2018). As pesquisas foram apresentadas durante o debate cujo tema foi “Paisagens de Conflito na América Latina: Disputas Territoriais Rurais e Urbanas”. O foco das discussões foi a permanência de conflitos em processos sócio-culturais e socioeconômicos na América Latina. As análises incluíram a experiência cotidiana vivida por vários grupos sociais, particularmente, em áreas onde os recursos são disputados pela construção de infraestrutura de grande escala, intensificação do agronegócio e projetos de urbanização.
 
Participaram dessa mesa-redonda os professores de Geografia da FCT, Bernardo Mançano Fernandes, Maria Encarnação Beltrão Sposito, Eliseu Savério Sposito.
 
Mançano Fernandes apresentou o estudo “Paisagens de Conflito em Campos do Brasil: Exemplos de Controvérsias Territoriais” em que analisa conflitos entre o campesinato e o agronegócio no Brasil. Na pesquisa, discute os conceitos de rural e agrário em geografia, a partir de debate paradigmático. As produções espaciais e territoriais das relações sociais são representadas por diferentes paisagens de conflito, cujas análises mostraram que existe uma pluralidade de contextos e conceitos. Tudo depende do referencial teórico utilizado.

Beltrão Sposito destacou a “Segregação e Autossegregação Urbana no Brasil” como partes do mesmo processo. A diferença entre os dois conceitos está em observar onde e como a separação é estabelecida. Segregação é a parte da sociedade que tem mais poder para orientar as normas e as práticas que isolam as demais. Já autossegregação ocorre quando um grupo escolhe se isolar da cidade. No caso brasileiro, o processo mais evidente, devido a sua importância e visibilidade, é a expansão de espaços residenciais fechados, controlados por sistemas de segurança e vigilância, através dos quais formas objetivas e subjetivas de cisão socioespacial são estabelecidas e reorientam o sistema. A existência desses espaços geram disputas territoriais nem sempre explícitas e nem sempre enfrentadas pelos que estão fora dos muros que, muitas vezes, aceitam e/ou desejam os espaços residenciais fechados.

Sposito falou sobre as “Centralidades e Uso do Espaço Urbano em Cidades de Médio Porte: Mobilidade Urbana e Consumo”. O professor discutiu o conceito de centro e seu papel para o comércio varejista. Centro entendido como um lugar de confluência, resultante da busca pelos agentes econômicos pelas melhores localizações para estabelecimentos comerciais. A referência para a análise envolveu o contexto das cidades médias, em especial, do estado de São Paulo. Também analisou o deslocamento de pessoas em suas ações de consumo para observar como a mobilidade se apresenta no espaço urbano.
 
A sessão foi coordenada pelo Prof. Dr, Antonio Ioris da Universidade de Cardiff e Mançano Fernandes da Unesp. Além dos pesquisadores citados, outros três brasileiros apresentaram seus trabalhos, todos com relações acadêmico-científicas com a Unesp por terem tido formação e/ou participarem de redes de pesquisa da FCT Presidente Prudente: Professores Doutores José Sobreiro Filho da UFPA, Tatiana Schor da UFAM e André Berezuk da UFGD.
 

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