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31/08/2018 às 16h01min - Atualizada em 31/08/2018 às 16h01min

Indústria da carne no Japão se compromete a parar de realizar testes em animais

Sobre a NH Foods, recai inúmeras denúncias de experimentos em que animais são mortos e dissecados

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Pixabay
Um anúncio no mínimo intrigante foi feito esta semana. A multibilionária NH Foods, a maior indústria de carne do Japão, se comprometeu a parar de realizar testes em animais após um acordo com a organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA). O acordo começa a valer a partir de 2020. O fato tem repercutido, considerando que a empresa, que também exporta carne, vai continuar matando bilhões de animais por ano.

Sobre a NH Foods, recai inúmeras denúncias de experimentos em que animais saudáveis são alimentados com metabólito de colágeno, e então mortos e dissecados para avaliação dos resultados. Inclusive essa é a justificativa para a pressão sobre a não realização de testes em animais. Segundo a PETA, “quando os animais são tratados como equipamentos de laboratório…eles são privados de tudo que é natural para eles?”

Sim, sem dúvida, mas não é possível dizer se a não realização de testes em animais por parte de uma indústria que vai continuar matando tantos animais é um avanço consciencioso ou uma manobra por parte da NH Foods. Até porque os animais criados para consumo ainda estão entre as maiores vítimas desse sistema. Afinal, por ano, a agropecuária mata de forma direta aproximadamente 70 bilhões de animais.

Claro que sob uma perspectiva utilitarista ou pragmática, isso pode ser considerado positivo, partindo do entendimento de que “melhor alguma coisa do que nada”. Por outro lado, em 2020 uma pessoa poderá comer um pedaço de carne e justificar: “Ah, pelo menos eles não fazem testes em animais.” Isso talvez possa funcionar como um afago na consciência.

Outro ponto a se considerar é que há muitas empresas que realizam testes em animais que se comprometeram em bani-los a partir de 2020. Até mesmo a China está mais suscetível às concessões. A cada ano aumenta o número de estados e países banindo a prática. Sendo assim, há uma forte possibilidade de que em 2020 as empresas que não interromperem os testes em animais sofrerão oposição ainda mais severa, o que não parece nada bom para os negócios, mas menos ainda para os animais.

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