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08/08/2018 às 14h23min - Atualizada em 08/08/2018 às 14h23min

Alemanha é líder na fabricação de produtos veganos, diz estudo

Embora os produtos livres de crueldade representem apenas 5% do total de alimentos e bebidas lançados no ano passado em uma escala global, a categoria vem se expandindo com o passar dos anos

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Reprodução
Uma nova pesquisa conduzida pela agência Mintel mostra o inesperado: a Alemanha lidera o ranking de lançamento de produtos veganos no mercado internacional. A notícia choca pois os EUA são conhecidos como o berço de várias empresas, como Beyond Meat, Daiya, Califia e Impossible Foods.

Apesar da expectativa pender para a contribuição norte-americana para o mercado, de acordo com os dados, foram os alemães os responsáveis pela fabricação de 15% de todos os produtos veganos lançados em todo o mundo entre julho de 2017 e junho de 2018. Os EUA se mantém em terceiro lugar no ranking, com 12% de participação.

Embora os produtos livres de crueldade representem apenas 5% do total de alimentos e bebidas lançados no ano passado em uma escala global, a categoria vem se expandindo com o passar dos anos. O mesmo relatório cita que o mercado de produtos veganos cresceu 175% nos últimos cinco anos, reivindicando continuamente reconhecimento e espaço nas prateleiras dos supermercados. Na Alemanha, especificamente, o lançamento de novos produtos veganos aumentou em 240% neste mesmo período.

Quem desempenha papel significativo na popularidade das alternativas à carne são as versões veganas de pratos clássicos, conhecidas como as “fake meats” (carne falsa, em tradução livre). A pesquisa também revelou que 50% dos alemães que participaram da pesquisa acreditam que a proteína derivada de plantas é equivalente nutricionalmente à proteína derivada de animais.

O veganismo continua sendo considerado um nicho no país, mas uma analista global de alimentos e bebidas da Mintel, Katya Witham, disse que o ‘flexitarianismo’ (pessoas que não cortam os produtos de origem animal permanentemente e, sim, evitam comê-los) se torna cada vez mais popular. “A maioria dos consumidores não está desistindo da carne; eles estão dando chance para alimentos veganos como parte da dieta ‘flexitária’, abrindo oportunidades para a inovação de alimentos e bebidas baseada em vegetais”, ela explica.

Na opinião da analista, são esses consumidores, conscientes e flexitarianos, os principais responsáveis ​​pelo aumento das opções veganas. “O apelo dos produtos sem ingredientes derivados de animais se estendeu muito além do limitado número de vegans e vegetarianos, conquistando um lugar dentro de dietas saudáveis ​​e variadas”, completa.



Witham acredita que a tendência de adotar uma dieta baseada em ingredientes de origem vegetal perdurará, e ela aconselha veementemente que as empresas invistam na expansão de seus produtos para o espaço vegano. “Os fabricantes de alimentos e bebidas fariam bem em incorporar os ideais veganos focados em saúde e, principalmente, em um posicionamento relacionado a produtos éticos, servindo ao propósito de fornecer transparência e comunicar a adequação do produto à maior variedade de consumidores”, ela conclui.

De acordo com o relatório da Mintel, o Brasil ainda tem um caminho a trilhar – mas já está em curso. Os dados mostram outros dois países com alta produção de alimentos e bebidas livre de crueldade. O Reino Unido ficou em segundo lugar com 14% de lançamentos de produtos neste período, seguidos pelos EUA, com 12% da participação. Os números caem significativamente com a França e a Espanha empatados em 4%, seguidos pela Austrália, Itália, Canadá, Áustria e Brasil, todos com 3%.
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