O documento foi entregue pelo prefeito Dilador Borges, a vice-prefeita Edna Flor e o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMMAS), Petrônio Pereira Lima, a representantes de associações de produtores rurais, instituições, entidades e movimentos sociais que estiveram engajados contra a instalação de um CGR (Centro de Gerenciamento de Resíduos), apelidado de “lixão” por eles.
Também participaram o presidente da Câmara Municipal, Rivael Papinha, os vereadores Alceu Batista e Márcio Saito, além da vereadora licenciada e secretária municipal de Cultura, Tieza Lemos Marques, que à época também participou das manifestações.
Dilador pronunciou-se em tom de agradecimento. “Esta é uma data para se comemorar na história de Araçatuba. É a celebração da vitória da sociedade, da população que se organiza e luta contra o que acredita ser prejudicial e a favor do que vai melhorar esta cidade em que convivemos. Nosso aterro sanitário continuará no mesmo lugar e ampliado. Agora podemos comemorar essa vitória. A sua, a nossa luta valeu a pena!”
Edna se emocionou ao relembrar da trajetória para evitar a instalação do CGR. “Este é um ato de celebração da vida. Sabemos o quanto foi árdua a luta para que o lixão não fosse instalado na região mais pura de Araçatuba: a área rural, onde existem famílias com produções agrícolas. A conquista de podermos utilizar o aterro sanitário por mais cinco anos está estruturada em um importante tripé: mobilização popular, estudos técnicos e vontade política com capacidade de decisão administrativa”.
Petrônio relembra o que “foi recebido como algo impossível e depois revertido com estudo e trabalho”. “Quando nós assumimos a administração só tínhamos a informação de que o aterro estava sem condições de receber mais lixo e de que os prazos com os órgãos ambientais estavam esgotados. Conseguimos provar, com argumentos técnicos, que a proposta de ampliação não colocava em risco o sistema de pouso e decolagem do aeroporto de Araçatuba, que não se tratava de um novo empreendimento, mas sim de uma ampliação do aterro já existente. O fator decisivo foi a manifestação do COMAER (Comando da Aeronáutica), que teve a coragem de rever todos os setores que haviam negativado nossas tentativas de ampliação”.
“Esta cerimônia está homenageando as pessoas que contribuíram para que esse movimento pudesse ser realizado”, finaliza o secretário.
COLETA SELETIVA
Petrônio Lima reforçou a importância da coleta seletiva de materiais recicláveis para a eficácia do aterro, em termos de espaço e vida útil. “Já estamos há um mês e quinze dias realizando a coleta em 100% da cidade, que aumentou a quantidade de material reciclável aproveitável ou útil, o que amplia a vida útil do aterro e otimiza o trabalho dos catadores. Precisamos do apoio da população, que não misturem o lixo seco com o úmido, pois se houver contaminação não dá pra ser triado”, relembra.