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07/06/2018 às 11h47min - Atualizada em 07/06/2018 às 11h47min

Cão que frequenta eventos da igreja faz sucesso nas redes sociais

O cão frequenta missas, procissões e já foi visto até em um casamento. A presença dele em eventos religiosos fez com que ele recebesse o nome de Bolinha Católico

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto: Divulgação
Missas, procissões e até um casamento contaram com a presença de um cachorro comunitário no município de São Lourenço, em Minas Gerais. A frequência com que o cão participa de eventos da igreja fez com que ele ganhasse a fama de animal religioso e fosse batizado com o nome de Bolinha Católico.

Os hábitos de Bolinha fizeram sucesso na internet. Em um grupo em uma rede social, criado há cerca de duas semanas, quase 1,5 mil pessoas acompanham as aventuras do cachorro através de fotos dele em eventos religiosos. O cão já foi fotografado em uma procissão de Corpus Christi, nas comemorações da Semana Santa e dormindo ao lado do altar da igreja.

“Ele frequenta missas das 8h, das 10h, o confessionário. Ele chega ‘chegando’ e não se intimida de entrar num lugar. Vai procurando um banco, vai deitando. Já foi visto até nas reuniões do Alcoólicos Anônimos, em uma sala alugada na igreja”, revela a criadora do grupo, Denise Lage.

Há quase sete anos, o cachorro foi visto na cidade pela primeira vez. Na época, ele foi atropelado por um carro e saiu correndo, com dor, devido a um ferimento na pata causado pelo acidente. Dias depois, o casal Vandrea e Marcus Nicola começaram a cuidar do machucado e Bolinha melhorou.



“Ele começou a ser visto em tudo que é lado… nos barzinhos, nas lojas, as pessoas faziam carinho. Conquistou o espaço dele”, diz Vandrea. Enquanto caminhava pela cidade, Bolinha conheceu a igreja e decidiu que era o lugar favorito dele. “Começou a gostar do local, é calmo, tranquilo, onde podia dormir sossegado e isso foi se tornando um hábito. Hoje, assiste aos casamentos, batismos, velórios”, explica.

Em uma caminhada em homenagem à Francisca de Paula de Jesus, conhecida como Nhá Chica, beata da igreja católica, Denise teve que prender o cachorro para que ele não participasse do ato realizado na cidade de Baependi, em Minas Gerais. As informações são do portal Meio Norte.

“Teve uma caminhada pra Nhá Chica em Baependi, eu tive que prender ele no hotel. Porque senão ele vai, não aguenta voltar, aí ligam pra mim e tenho que buscar o Bolinha em Baependi, porque lá ele fica”, lembra Denise. “Teve uma vez que ele desapareceu, foi parar em Pouso Alto, fomos buscar. E lá ele estava frequentando uma igreja evangélica”, completa.



Além da igreja, Bolinha frequenta bares, restaurantes e festas realizadas no município. “Tem que estar na balada, na noite, nos eventos. Inaugurou uma lanchonete nova há uns dias, e lá estava ele. Eu nem sei como ele fica sabendo que o lugar vai inaugurar”, brinca Denise, que conta ter criado o grupo para saber onde o cão está, já que ele passeia muito. “Por isso criei o grupo, no sentido de proteção. Todo mundo ajuda a ficar de olho e a cuidar. Agora sei por onde ele anda”, diz.

Por ser um cachorro comunitário, Bolinha tem muitos tutores. Todos eles ficam de olho no cão e o protegem. Ele também recebe todas as vacinas obrigatórias, é alimentado pelos moradores da cidade e, quando esfria, ganha roupinhas.

“Ele é de todo mundo. Não pode ser adotado, ele não é feliz numa casa. Quando ele dorme no hotel, ele quer ir embora, não quer ficar lá. É uma característica dele. Ele quer ser livre, feliz”, finaliza Denise.

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