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14/08/2022 às 18h38min - Atualizada em 14/08/2022 às 18h38min

Cientistas criam camada ocular de pele de porco e restauram a visão de 14 pessoas

Olhar Digital
Foto: Divulgação
Um grupo de cientistas criou um implante de pele de porco que conseguiu restaurar a visão de 14 pessoas cegas. A nova técnica é considerada menos invasiva e não requer pontos ou condições e equipamentos muito especializados para ser aplicada. 

“Isso nos ajuda a contornar o problema da escassez de tecido da córnea doado e acesso a outros tratamentos para doenças oculares”, disse o pesquisador de oftalmologia da Universidade de Linköping, Neil Lagali. 

Cientistas criam camada ocular de pele de porco e restauram a visão de 14 pessoas. Imagem: shutterstock

Cientistas criam camada ocular de pele de porco e restauram a visão de 14 pessoas. Imagem: shutterstock


A córnea do nosso olho é composta por diferentes tipos de colágeno. Assim, os pesquisadores purificaram o colágeno da pele de porco para criar uma nova camada de córnea. Eles usaram métodos químicos e fotoquímicos para fortalecer o material, tornando-o mais estável e resultando em um hidrogel. O produto é chamado de construção suína de bioengenharia reticulada duplamente (BPCDX). 

Devido ao material usado para criar o implante ser um subproduto da indústria alimentícia e, graças a processos de embalagem e esterilização especialmente desenvolvidos, o produto final pode ser armazenado por até dois anos – uma vantagem sobre as córneas humanas doadas, que devem ser usadas dentro de duas semanas. 

De acordo com o Science Alert, que divulgou o artigo com os resultados do ensaio clínico, cerca de 12,7 milhões de pessoas sofrem perda de visão devido a problemas com suas córneas e apenas 1 em 70 consegue receber um transplante de córnea – a única maneira de restaurar a visão. Como os meios para fornecer esses transplantes são caros e as córneas doadas são escassas, a maioria das pessoas no mundo não tem acesso a tratamentos eficazes. 

“Fizemos esforços significativos para garantir que nossa invenção seja amplamente disponível e acessível a todos e não apenas aos ricos. É por isso que essa tecnologia pode ser usada em todas as partes do mundo”, acrescentou o engenheiro biomédico da Universidade de Linköping, Mehrdad Rafat. 

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