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21/04/2022 às 16h32min - Atualizada em 21/04/2022 às 16h32min

Dia da Criatividade: como boas ideias geram soluções transformadoras

TecMundoe
Foto: metamorworks/Shutterstockil
A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, em 2017, uma resolução que tornava 21 de abril o Dia Mundial da Criatividade e Inovação. A entidade define a época como um período para lembrar da importância dos dois conceitos na promoção do desenvolvimento social e econômico sustentável.

E para lembrar a data, o TecMundo conversou com Ana Paula Appel, cientista de dados sênior e Client Engineering da IBM Brasil, para debater sobre a aplicação dos conceitos.

Primeiro, ela ressalta como o processo de se reinventar e pensar em soluções criativas são essenciais para encontrar soluções para problemas práticos do mundo. Nesse sentido, a especialista lembra o quanto a pesquisa científica é uma atividade que pode ser transformadora. “A IBM trabalha com projetos importantes que são bastante falados como a questão de emissão zero de carbono e do menor chip do mundo [que tem 2nm]. Soluções como essas são resultados diretos de criatividade e inventividade”, sustenta.

Patentes transformadoras
Ana Paula pode ser considerada uma inventora moderna. De 50 patentes que ela registrou junto de outros profissionais, 24 foram efetivamente concedidas. O fato fez com que ela se tornasse uma das poucas pessoas no Brasil a possuir o título de Masters Inventors da IBM, que é oferecido para pessoas com altas contribuições no quesito de proposição de novas patentes.

Trabalhando principalmente em soluções de inteligência artificial, ela é uma das responsáveis por inovações como a US20210034866A1 (registro nos Estados Unidos). A invenção utiliza artifícios como imagens de satélite para realizar uma espécie de scanner aéreo de árvores espalhadas por uma cidade.

“A partir desta tecnologia, é feita uma análise automática que verifica se aquela árvore precisa ser podada, tratada, cortada, e etc”, explica.

A solução está patenteada pela IBM e pode ser negociada ou até cedida pela empresa para iniciativas que pretendem melhorar a vida das pessoas. Ana Paula lembra que a cidade de São Paulo, por exemplo, seria muito beneficiada por ideias como essa. De acordo com a prefeitura da capital paulista, quase 3 mil árvores caíram entre janeiro e novembro de 2020, para se ter uma ideia.

Outra ideia interessante que a especialista contribuiu tem o número de registro US20200005171A1. Ela é um método de classificação de usuários que faz com que chatbots possam adaptar suas explicações e linguagem de acordo com o nível de conhecimento da pessoa.

Em um chatbot para uma farmácia, por exemplo, a inteligência artificial poderia adaptar sua linguagem ao saber se o usuário é um paciente, um médico ou um farmacêutico. Essa novidade foi vendida para o Airbnb.

Mulheres na vanguarda
Ana Paula também faz questão de lembrar sobre a relevante contribuição das mulheres na proposição de ideias disruptivas que podem transformar a realidade das pessoas. Ela cita a participação de profissionais do gênero feminino na área de ciência de dados, que apesar de ainda ser pequena, tem crescido.

A Client Engineering da IBM Brasil “abraça” projetos de inclusão e diz entender que parte do seu papel na indústria é incentivar que outras jovens possam se interessar pelo campo da tecnologia.

“Eu tenho um trabalho de mentoria para mulheres onde eu as incentivo e mostro caminhos que elas podem seguir para ter uma atuação marcante. Eu topo esse tipo de trabalho justamente por entender que mercados como o de ciência de dados têm sofrido com a falta de mão de obra e por causa disso precisamos de toda a contribuição possível”, finaliza.

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