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21/04/2022 às 10h42min - Atualizada em 21/04/2022 às 10h42min

Primeiro dia de desfiles no Sambódromo tem acidente e atrasos

Sete agremiações passaram pela Marquês de Sapucaí

Agência Brasil
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Depois de mais de dois anos, a Marquês de Sapucaí voltou a receber os desfiles das escolas de samba cariocas. Entre a noite de ontem (20) e a madrugada de hoje (21), sete agremiações da Série Ouro, a segunda divisão do carnaval do Rio de Janeiro, passaram pelo local.

A reabertura do Sambódromo ficou por conta da Em Cima da Hora, escola do bairro de Cavalcanti, no subúrbio carioca, que já entrou na avenida com um atraso de mais de 40 minutos. Com cerca de 1.800 componentes, divididos em 23 alas, reeditou seu enredo de 1984 sobre o trem 33, que saía de Japeri rumo à Central do Brasil.

Em Cima da Hora abre os desfiles da Série Ouro do carnaval 2022 na Sapucaí - Tomaz Silva/Agência Brasil

Em Cima da Hora abre os desfiles da Série Ouro do carnaval 2022 na Sapucaí - Tomaz Silva/Agência Brasil


A segunda escola a entrar na avenida foi a Acadêmicos do Cubango. A agremiação de Niterói, que homenageou a atriz Chica Xavier, com seus cerca de 2.200 componentes, divididos em 19 alas. Tanto a Cubango quanto a Em Cima da Hora buscam uma participação inédita na divisão de elite do samba carioca.

Acidente
Uma menina de 11 anos de idade ficou gravemente ferida em um acidente com um carro alegórico na noite de ontem (20) nas proximidades do Sambódromo, no Rio de Janeiro, durante o primeiro dia de desfiles da Série Ouro, a segunda divisão do carnaval carioca. Ela teve ferimentos graves nas pernas, quando uma alegoria da Em Cima da Hora manobrava na saída da Praça da Apoteose.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a menina foi levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, que fica próximo ao Sambódromo, e passou por uma cirurgia, mas segue em estado grave.

A Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liga RJ), responsável pelos desfiles da Série Ouro, informou que o acidente ocorreu depois que a criança, identificada pela Liga RJ como Raquel Antunes, subiu em um carro alegórico, na rua Frei Caneca, na área da dispersão depois do desfile e já fora do Sambódromo.

A assessoria de imprensa da Em Cima da Hora informou que está apurando as circunstâncias do acidente, mas que ainda não tem mais informações. A Polícia Civil investiga o caso.

Retomada
A Ponte apostou em uma homenagem à irmã Dulce, freira baiana que morreu em 1992 e se tornou Santa Dulce dos Pobres ao ser canonizada em 2019. A agremiação já desfilou no Grupo Especial por dez anos, sendo a última vez em 1996. Para retornar à divisão de elite depois de 26 anos, a escola de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, levou à avenida 20 alas com 1,7 mil componentes.

A escola aproveitou para homenagear o ator Paulo Gustavo, morto em maio do ano passado, vítima da covid-19. Uma das alegorias traz irmã Dulce e o artista, ao lado de um “portão do céu”. A Ponte acabou passando um minuto do tempo de desfile máximo do desfile, de 55 minutos, o que pode ocasionar a perda de pontos.

A Unidos do Porto da Pedra, de São Gonçalo, é outra escola que tenta retornar ao Grupo Especial, onde desfilou por 15 anos entre 1996 e 2012 e onde chegou a conquistar uma quinta posição (em 1997). A agremiação levou cerca de 2 mil componentes, em 23 alas, para homenagear mãe Stella de Oxóssi, escritora que defendeu o respeito ao candomblé, e terminou o desfile bem próximo ao tempo limite.

A União da Ilha, tradicional escola da Ilha do Governador, na zona norte carioca, foi a quinta escola a entrar na avenida, com sede de Grupo Especial depois do rebaixamento de 2020.

A escola perdeu seu carnavalesco, Severo Luzardo, um mês e meio antes do desfile, mas superou o desafio com a animação de suas 20 alas e 1,8mil integrantes, para falar sobre a devoção a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

A atriz Cacau Protásio interpretou a santa na comissão de frente. A Ilha cruzou a reta final do desfile também bem próximo ao limite de tempo.

Unidos de Bangu, escola do bairro homônimo localizado na zona oeste carioca, entrou na avenida com o sol já começando a raiar buscando um retorno ao Grupo Especial depois de seis décadas, com 1.500 componentes, divididos em 17 alas, e uma controversa homenagem a Castor de Andrade, contraventor carioca com grande atuação no carnaval.

A escola fechou o desfile com 58 minutos, três além do máximo permitido, já com o dia claro.

Encerrando o primeiro dia de desfiles da Série Ouro, a Acadêmicos do Sossego, entrou na avenida por volta das 6h30, levando para a avenida profecias indígenas sobre o colapso ambiental do planeta. Com 17 alas e 2 mil integrantes, a agremiação niteroiense, que busca acesso inédito ao Grupo Especial em 2023, terminou dentro do tempo permitido.

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