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09/04/2022 às 17h22min - Atualizada em 09/04/2022 às 17h22min

Tratamento do diabetes sem insulina? Cientistas dizem que cura pode ser possível

CanalTec
Foto: Imagem Ilustrativa
Uma equipe de cientistas norte-americanos investiga novas formas de tratamento para o diabetes tipo 2, que não envolvam o uso de insulina ou de outros medicamentos. Já testada em animais (estudos pré-clínicos), a ideia é usar um ultrassom para estimular as vias neurometabólicas do corpo e, com isso, será possível reverter e até mesmo prevenir a doença. A descoberta ainda está em fase da validação.

O estudo sobre o tratamento revolucionário contra o diabetes envolve diferentes institutos internacionais de pesquisa, como a Yale School of Medicine (YSM), nos Estados Unidos. Por enquanto, o resultado da investigação em animais está em fase de publicação e, em breve, deve ser integralmente disponibilizada na revista Nature Biomedical Engineering.

"Pulsos de ultrassom foram usados ​​para modular uma via nervosa autonômica fígado-cérebro para prevenir ou reverter o aparecimento de hiperglicemia em modelos de várias espécies com diabetes", adiantam os autores.

Sem o uso de insulina, pesquisa busca a cura do diabetes tipo 2 (Imagem: Reprodução/Twenty20photos/Envato Elements)

Sem o uso de insulina, pesquisa busca a cura do diabetes tipo 2 (Imagem: Reprodução/Twenty20photos/Envato Elements)


Estudos para o tratamento do diabetes sem insulina
Agora, a equipe de cientistas realiza testes de viabilidade para os experimentos com humanos. Inicialmente, foram recrutadas pessoas com o diabetes tipo 2, mas ainda não há previsão para quando esta nova etapa da pesquisa será concluída. Independente da questão temporal, o objetivo é desenvolver uma terapia mais eficiente e que, potencialmente, possa eliminar a doença.

“Se nossos ensaios clínicos em andamento confirmarem a promessa dos estudos pré-clínicos relatados neste artigo, e o ultrassom puder ser usado para reduzir os níveis de insulina e glicose, a neuromodulação do ultrassom representaria uma adição emocionante e totalmente nova às opções atuais de tratamento para nossos pacientes”, explica Raimund Herzog, professor associado da YSM, em comunicado.

"Embora já tenhamos uma grande variedade de medicamentos antidiabéticos disponíveis para tratar altos níveis de glicose, estamos sempre procurando novas maneiras de melhorar a sensibilidade à insulina no diabetes", comenta o professor.

Vale lembrar que, hoje, o diabetes tipo 2 afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Esta condição é considerada uma das principais causas de cegueira, insuficiência renal, ataques cardíacos, acidente vascular cerebral e amputação de membros inferiores. Por isso, novos tratamentos são tão necessários.

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