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15/03/2022 às 15h16min - Atualizada em 15/03/2022 às 15h16min

Ministro do STJ mantém júri popular de acusado de matar Marielle

Decisão foi tomada no mesmo dia em que o crime completou quatro anos

Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr
O ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou ontem (14) um recurso do policial militar reformado Ronnie Lessa e manteve a submissão dele a júri popular. Ele é acusado de ser um dos executores do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A decisão foi tomada no mesmo dia em que o crime completou quatro anos. Em 14 de março de 2018, Marielle Franco e Anderson Gomes foram baleados dentro do carro em que transitavam na região central do Rio de Janeiro.

No STJ, a defesa de Lessa havia pedido sua absolvição sumária ou o afastamento da decisão judicial que remeteu o caso a júri popular. Ele responde pelo crime de homicídio qualificado, incluindo as qualificantes de motivo torpe e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Schietti, contudo, não acolheu o pedido. O ministro considerou que a decisão de envio do caso a júri popular foi adequada e fartamente justificada. Entre as evidências apresentadas, ele apontou registros de que Lessa estaria monitorando Marielle antes do dia do crime – por exemplo, em pesquisas online sobre os locais em que a vereadora costumava atuar, o seu partido político (PSOL) e os endereços que frequentava, entre outros indícios.

"Essas são algumas das provas citadas na pronúncia, mantida em segundo grau, que consubstanciam lastro mínimo, judicializado, da admissibilidade da acusação a ser desenvolvida em plenário do júri. As instâncias ordinárias justificaram a suspeita que recai sobre o agravado, acerca de crime contra a vida", escreveu o ministro.

PF cumpre seis mandados de prisão em ação contra o tráfico de armas

Um dos investigados é o ex-policial acusado de matar Marielle Franco - Foto: Divulgação/PF Geral

Um dos investigados é o ex-policial acusado de matar Marielle Franco - Foto: Divulgação/PF Geral


A Polícia Federal informou que até o fim da manhã de hoje (15) cumpriu seis dos sete mandados de prisão preventiva da Operação Florida Heat, que investiga um esquema de tráfico internacional de armas.

Um dos mandados cumpridos hoje tinha como alvo o ex-policial militar Ronnie Lessa, que já estava preso em Campo Grande acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

Outros dois mandados de prisão foram cumpridos na cidade do Rio de Janeiro. Três acusados que estão nos Estados Unidos foram comunicados dos mandados de prisão. Eles não foram presos, mas aguardarão extradição para o Brasil ou a transferência do processo criminal para os Estados Unidos.

De acordo com investigação da PF, os alvos da Operação Florida Heat são acusados de integrar uma organização que comprava armas nos Estados Unidos, trazia ilegalmente para o Brasil e revendia esses produtos para criminosos aqui do país.

Ainda segundo a PF, o armamento era trazido em contêineres, por meio de navios, ou por encomenda postal aérea, misturado a outros produtos como telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados.

O dinheiro usado na compra era enviado através de doleiros. Um brasileiro, dono de churrascarias na cidade norte-americana de Boston, é suspeito de repassar o dinheiro para outras pessoas nos Estados Unidos.

Já o dinheiro obtido com a revenda das armas aqui no Brasil era investido em imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações.

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