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07/03/2022 às 15h01min - Atualizada em 07/03/2022 às 15h01min

Brasileiro distância de hábitos saudáveis durante a pandemia, diz estudo

O isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus fez piorar a saúde dos brasileiros, não apenas por causa da Covid-19. O sedentarismo, o consumo exagerado de bebida alcoólica e de alimentos nocivos à saúde aumentou consideravelmente, o que provocou também a elevação da quantidade de pessoas obesas no país

Priscila Mendes
Assessoria de imprensa, Naves Coelho
Foto: Pixabay

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), mostra que a obesidade alcançou 21,5% da população em 2020, ano em que se desencadeou a pandemia. Em 2019, diz o estudo, esse índice era de 20,3%.

“É inevitável considerar o cenário pandêmico ao observar o comportamento alimentar dos brasileiros, mas não dá para atribuir toda culpa ao sedentarismo devido ao isolamento social. Esse aumento vem sendo registrado há mais tempo, principalmente a partir de 2006”, explica Dra. Letícia Lacerda, nutróloga e coordenadora da clínica de nutrologia do Hospital Felício Rocho. Naquela época, a obesidade atingia apenas 12% da sociedade.

Já o consumo excessivo de bebidas alcoólicas saltou de 18,8%, em 2019, para 20,4% em 2020. “A realidade é que o nível de estresse e a ansiedade aumentou muito na pandemia e isso fez com que descontassem na alimentação e consumo de bebidas alcoólicas. Além do ganho de peso, outras consequências, como aumento de casos de diabetes e hipertensão, que hoje são próximos dos 25% entre a população adulta, avalia. “O sedentarismo e má alimentação acabam provocando impacto em toda a saúde, sustenta Letícia.

Mudança de hábito

Para a médica do Hospital Felício Rocho, é necessário uma conscientização maior da população diante de situações adversas como a que surgiu a partir de 2020, mas o crescimento desses números deverá significar, nos próximos anos, mais internações por problemas cardíacos e outras complicações. Por isso, ele defende que os próprios órgãos governamentais de saúde iniciem o combate a essas comorbidades rapidamente.

“Se não houver um recuo da população em relação ao seu sedentarismo e mudanças de hábitos alimentares vamos sentir os efeitos disso nos hospitais e nas clínicas. Por isso o melhor mesmo é tratar o problema no cerne e buscar meios de conscientizar e estimular uma mudança de hábitos de vida, conclui.


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