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27/01/2022 às 19h14min - Atualizada em 27/01/2022 às 19h14min

OCDE formaliza convite para que o Brasil ingresse na entidade

Brasil inicia processo de entrada na organização que reúne as nações mais avançadas, livres e democráticas do mundo. A carta-convite foi enviada ao Presidente Jair Bolsonaro na última terça-feira (25)

Governo de São Paulo
Foto: Divulgação
O Presidente Jair Bolsonaro recebeu carta-convite do secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann, para que o Brasil venha a ingressar na instituição. A informação de que os membros do conselho da OCDE aprovaram, de forma unânime, o convite para que o Brasil inicie o processo formal de participação foi dada pelos ministros das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, da Casa Civil, Ciro Nogueira e do ministro da Economia, Paulo Guedes, em declaração à imprensa na tarde da última  terça-feira (25), no Palácio do Planalto.

O ingresso do Brasil na Organização é uma das prioridades do atual Governo Federal que, desde o ano de 2019, vem fazendo esforços para que o país possa avançar, buscando cumprir os requisitos necessários para essa conquista e melhorando as práticas de governo. O convite enviado pela organização, onde o país mantinha até o momento uma relação de parceria, é reconhecimento do intenso trabalho realizado por essa gestão para que o Brasil conquiste um lugar de destaque no mundo e ofereça maior qualidade de vida a todos os brasileiros.

Esses esforços, desde o não financiamento de regimes ditatoriais externos, até a construção de boas relações com países desenvolvidos, proporcionaram ao Brasil credibilidade externa. Colocar o combate à corrupção, a garantia de mais liberdade econômica e a defesa de valores importantes da humanidade como prioridade para o Brasil fará com que o país alcance um novo patamar, o que reflete, internamente, em maior qualidade de vida para os brasileiros e maior geração de oportunidades e empregos.

O anúncio é fruto de um longo processo de aproximação que teve início na década de 1990, no entanto, apenas na atual gestão do Governo Federal, o cumprimento dos requisitos necessários para que o Brasil fizesse parte da organização tornou-se prioridade: “Nosso país não esperou o convite avançar em sua convergência, já tendo aderido a 103 dos 251 instrumentos normativos da OCDE, sendo 37 na gestão do Governo Bolsonaro. Também já participamos formalmente de mais de 30 comitês e grupos de trabalho da Organização, oferecendo contribuições relevantes ao tratamento de temas como comércio, investimento, agricultura, economia digital e muitos outros”, finalizou Ciro Nogueira.

O chanceler Carlos França destacou que a decisão de aprovar o convite ao Brasil ocorreu de forma unânime pelos membros. Segundo ele, a acessão na OCDE tem a ver com o lugar do Brasil no mundo. “A ideia de que nós podemos participar desse fórum é que trará, a nós aqui, aderência às melhores práticas de governança, de combate à corrupção, de melhoria de políticas públicas e trará muitos benefícios também para a economia”, ressaltou França.

O Presidente Jair Bolsonaro já respondeu à carta da OCDE. Segundo o chanceler, o Itamaraty já criou uma unidade dedicada exclusivamente para tratar das relações com a OCDE. Além do Brasil, Argentina, Peru, Bulgária, Croácia e Romênia também foram convidados a iniciarem o processo de ingresso na Organização.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, lembrou que o Brasil já integra o G-20, grupo das maiores economias do mundo, e é membro dos Brics, formado também por Rússia, Índia, China e África do Sul. “Esse processo de acesso à OCDE é o reconhecimento de que nós somos um grande país”, declarou Guedes.

A partir de agora, o Brasil terá a sua candidatura analisada por cerca de 30 comitês da entidade.

OCDE
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico foi estabelecida em 1961, com 20 membros fundadores. A OCDE é atualmente integrada por 36 países, com sede em Paris, na França. A organização realiza pesquisas, define diretrizes e firma importantes acordos que impactam sobre a política e a economia dos países membros, a fim de promover o desenvolvimento de seus participantes.

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