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17/01/2022 às 10h15min - Atualizada em 17/01/2022 às 10h15min

CORAÇÃO DE PORCO É TRANSPLANTADO PARA UM HUMANO PELA PRIMEIRA VEZ

Momento histórico para a medicina: técnica pode acabar com a fila de espera para transplante de órgãos

History
Imagens Universidade de Maryland/Reprodução
Em um feito notável na história da medicina, um coração de porco foi transplantado para um humano pela primeira vez. A cirurgia pioneira aconteceu na Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos. Quem recebeu o órgão foi Dave Bennett, de 57 anos, que concordou em ser submetido ao procedimento experimental.

Porco editado geneticamente
Na cirurgia, que durou nove horas, os médicos substituíram o coração de Bennett pelo órgão de um de um porco de um ano de idade e 100 quilos. O animal foi editado geneticamente e criado especificamente para esse fim. Quando a notícia foi divulgada, Bennett já estava há três dias com o órgão do animal no peito, ultrapassando o período crítico de rejeição.

Até o momento, o paciente está respirando sozinho sem a ajuda de aparelhos, embora permaneça em uma máquina de ECMO (sigla em inglês para “Oxigenação por Membrana Extracorpórea'') que está fazendo cerca de metade do trabalho de bombear sangue por todo o corpo. Os médicos planejam diminuir aos poucos o uso desse equipamento. “(O coração) está funcionando e parece normal. Estamos entusiasmados, mas não sabemos o que o amanhã nos trará. Isso nunca foi feito antes”, afirmou o Dr. Bartley Griffith, que conduziu a cirurgia.

No fim do ano passado, em um experimento inédito, médicos haviam conseguido transplantar o rim de um porco para um paciente com morte cerebral. Os pesquisadores esperam que procedimentos como esse inaugurem uma nova era na medicina. A técnica supriria a demanda de milhares de pacientes em todo mundo que aguardam em filas por doadores de órgãos. Os médicos advertem que a técnica ainda é experimental e que novos estudos serão necessários para que ela seja adotada de forma generalizada. 

Dr. Bartley Griffith e Dave Bennett

Imagens Universidade de Maryland/Reprodução

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