AtaNews Publicidade 728x90
25/04/2018 às 17h08min - Atualizada em 25/04/2018 às 17h08min

Dissidentes das Farc têm vínculos com facções criminosas brasileiras

Agência Brasil
Grupos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) já contam com 1.200 integrantes, entre eles guerrilheiros que não aceitaram o processo de paz e o acordo assinado com o governo do país no ano passado. Segundo o ministro de Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas, alguns dos ex-guerrilheiros se dedicam ao narcotráfico e mineração ilegal com vínculos estreitos com facções criminosas brasileiras.

Villegas disse ainda que alguns destes ex-guerrilheiros controlam as rotas internacionais do comércio de drogas, no Oceano Pacífico, e tentaram montar um esquema semelhante envolvendo o Brasil.

"Felizmente, com o Brasil, temos uma cooperação muito boa que impediu que isso acontecesse", comentou o ministro, afirmando que os dissidentes têm contatos nas prisões brasileiras através do Comando Vermelho, facção que atua especialmente no Rio de Janeiro.

De acordo com o ministro, muitos dos ex-guerrilheiros abandonaram os espaços de reintegração para voltar ao combate armado. No entanto, o Exército da Colômbia e a Polícia conseguiram "neutralizar" cerca de 300 membros, com prisões e entregas voluntárias.

Ao ser questionado sobre o grupo liderado por Walter Patricio Arizala, conhecido como "Guacho", e acusado de ser responsável pelo sequestro e assassinato de três profissionais do jornal El Comércio na fronteira entre Equador e Colômbia, o ministro comentou que o guerrilheiro quer gerar um conflito entre os dois países.

"Ele quer que Colômbia e Equador briguem, já que a cooperação é fundamental para combater seu grupo", afirmou.

Villegas afirmou que é praticamente impossível recuperar os corpos dos três profissionais do jornal El Comércio sem ajuda do grupo de "Guacho". A suspeita é que eles estejam na região do Rio Mataje, um local de difícil acesso.

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »