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15/08/2021 às 13h33min - Atualizada em 15/08/2021 às 13h33min

Mandioca: muitos nomes, usos e benefícios

Considerada o alimento do século pela ONU, a mandioca é versátil, saborosa e nutritiva

Unimed
Foto: Divulgação
O nome científico é Manihot Esculenta Crantz. Mas essa raiz é conhecida por muitos outros nomes Brasil afora: mandioca, macaxeira, aipim, maniva, castelinha, uaipi, maniveira, pão-de-pobre… E tão variados quanto os nomes são os benefícios que esse ingrediente tão presente na nossa culinária traz para a saúde de quem consome.

Farinha de mandioca, tapioca, mandioca cozida, assada, frita... são múltiplas as formas de consumir – isso sem falar no uso industrial.

Tanta versatilidade e poder nutricional somados à resistência do cultivo a pragas e secas fez com que a mandioca fosse eleita pela ONU como o alimento do século 21! Vamos conhecer um pouco mais? Na sequência, você confere:

Tipos de mandioca


A mandioca é dividida em dois grupos: mandioca-mansa e mandioca-brava. Embora aparentemente iguais – a diferenciação considera o tempo de colheita e o nível de ácido cianídrico (que é uma substância tóxica) presente na raiz.

- Mandioca-mansa (ou de mesa): é a que encontramos em supermercados e feiras e chamamos de aipim, macaxeira etc. Menos fibrosa e de mais fácil cozimento, tem baixo nível de ácido cianídrico e é perfeita para consumo.

- Mandioca-brava (amargosa ou industrial): colhida tardiamente, a mandioca-brava contém elevado grau de ácido cianídrico e, para ser consumida, precisa passar por processos de secagem ou de longo cozimento, a fim de eliminar a substância. Ela é utilizada na indústria para a fabricação de farinha, polvilho e fécula.
 
Benefícios da mandioca para a saúde


A mandioca é um amido naturalmente livre de glúten, o que torna sua farinha e outros derivados uma ótima opção para celíacos ou pessoas com intolerância. Mas os benefícios são para todos! As raízes da mandioca-mansa são ricas em carboidratos complexos e fibras.

Essa combinação fornece energia para o corpo e, ao mesmo tempo, evita os picos de açúcar no sangue. Isso porque a glicose desse tipo de carboidrato é liberada mais lentamente no corpo – o que poupa o pâncreas e reduz o risco de diabete tipo 2.

É também graças a essa “dobradinha” que a mandioca proporciona a sensação de saciedade por mais tempo. Mas os benefícios da mandioca não param por aí. Além de energia, a raiz tem baixo percentual de gordura e é fonte de vitamina C e minerais como cálcio, fósforo, potássio e magnésio.

Alguns cruzamentos geraram variedades de mandioca ainda mais nutritivas: as rosadas apresentam o antioxidante licopeno e as amarelinhas contém betacaroteno (precursor da vitamina A, poderoso antioxidante que protege contra as doenças do envelhecimento).


Formas de consumo da mandioca


São muitas as maneiras de consumir a mandioca na sua forma natural: cozida, em sopas e purês, assada ou frita (essa última é a menos saudável). O cozimento simples em água com um fio de azeite e um pouquinho de sal ajuda a preservar os nutrientes. Consumida junto com uma proteína e legumes, a refeição fica completa, proporcionando mais saciedade.

Para garantir maciez, mantenha a mandioca imersa na água do cozimento até a hora de servir.

Dica para a hora de comprar: escolha a mandioca com cor uniforme da polpa – seja branca, amarela ou rosada. Evite as que tiverem coloração cinza e as que tiverem manchas ou estrias escuras. Mas também consumimos mandioca de muitas outras formas, a partir de seus derivados:

- Farinha de mandioca: pode ser usada em pães, bolos e, claro, na tradicional farofa para acompanhar carnes e feijoada
- Tapioca: é produzida a partir da goma que sobra na fabricação da farinha de mandioca, e pode ser consumida recheada, pura, em dadinhos de tapioca ou nesta deliciosa receita de pão de tapioca.
- Polvilho: é resultado da decantação da mandioca e existem duas variedades: o polvilho azedo (usado em pão de queijo e sequilhos) e o polvilho doce (ingrediente de beiju, chipas paraguaias, bolinhos e biscoitos)
- Sagu: as bolinhas produzidas a partir da fécula de mandioca, quando umedecidas, ficam gelatinosas e são usadas como base em sobremesas, sendo que as mais famosas são aquelas feitas com vinho
- Tucupi: um caldo amarelo, aromático e ácido, o tucupi é extraído da raiz da mandioca-brava e cozido com temperos. De origem indígena, é muito tradicional na culinária do norte do Brasil. As receitas mais famosas são o tacacá e o pato no tucupi
- Maniva: a folha da mandioca moída (também chamada de maniva) é transformada na maniçoba, um prato da culinária indígena comum no Pará. Cozida com carnes salgadas e folhas de louro em um processo que leva sete dias, também é chamada de feijoada sem feijão. O longo tempo de preparo é essencial para evaporar o ácido cianídrico
 

Outros usos da mandioca

O amido de raiz de mandioca também pode ser utilizado na fabricação de produtos farmacêuticos até a produção de compensado, papel e bioetanol.

A rama da mandioca (a parte do caule) é usada triturada em rações de bovinos e equinos, já que chegam a ter até 28% de proteína.

Existe contraindicação para o consumo de mandioca? Não, mas é preciso conter qualquer excesso. Apesar de ter um índice glicêmico menor que muitos alimentos, as pessoas que têm diabetes precisam atentar para o cálculo de carboidrato antes de consumir, combinado?

Uau! São muitos benefícios e usos da mandioca. Não é à toa que ela foi escolhida como o alimento do século pela ONU. Qual é a sua receita para aproveitar tudo isso?

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