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07/08/2021 às 16h37min - Atualizada em 07/08/2021 às 16h37min

Colesterol bom e colesterol ruim na alimentação

Consumo excessivo de gorduras saturadas e gorduras trans é um dos motivos da alteração dos níveis de LDL, o colesterol ruim

Unimed
Foto: Imagem Ilustrativa
O colesterol elevado no sangue é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, líderes de mortalidade no Brasil, e pode levar ao infarto ou ao acidente vascular cerebral (AVC) também conhecido como “derrame”.

Produzido no organismo, o colesterol é uma gordura com a função de manter as células em funcionamento para produção de hormônios e da bile e para a metabolização de vitaminas, entre outras funções.

Para controlá-lo, é preciso manter uma dieta saudável, apostando em alimentos que ajudam a aumentar o colesterol bom e a diminuir o ruim. Além disso, a prática de atividades físicas também é essencial – e o acompanhamento médico pode ser necessário.

Tipos de colesterol


São dois tipos de colesterol presentes na corrente sanguínea:

- O LDL (do inglês - low-density lipoprotein, lipoproteína de baixa densidade) é conhecido como “colesterol ruim”
- O HDL (do inglês, high-density lipoprotein, lipoproteína de alta densidade) protege o coração de doenças, por isso, é considerado “bom”


Quando o LDL se torna excessivo no nosso organismo, ele leva a um problema conhecido como hipercolesterolemia, já que pode formar placas de gorduras na parede das artérias, dificultando o fluxo sanguíneo ou até mesmo provocando a obstrução de vasos sanguíneos, aumentando o risco de AVC, infarto e outras doenças do coração.

Em tempos de pandemia, é importante salientar também que o colesterol ruim elevado faz com que a pessoa esteja no grupo de risco para agravamento da COVID-19. Entre as comorbidades provocadas pela alta do LDL que preocupam os cardiologistas estão a aterosclerose e a arteriosclerose. Ambas são doenças progressivas e silenciosas, causadas pelo acúmulo de colesterol ruim em placas ou nas artérias.

Mas vale lembrar que nem toda gordura é prejudicial à saúde. Trata-se de um nutriente essencial para o nosso corpo, pois funciona como uma reserva de energia e é usada na fabricação de hormônios. Há gorduras consideradas boas que podem ser encontradas em muitos alimentos. O consumo, entretanto, deve ser moderado e balanceado com outras fontes de nutrientes.

Confira uma lista de alimentos com gorduras que valem a pena


A seguir, veja alimentos com gorduras que valem a pena para o nosso corpo, isto é, que podem ajudar a aumentar o colesterol bom e a baixar o ruim.

Abacate
É um dos alimentos mais ricos em gordura boa. Recomenda-se consumir até meia fruta por dia.

Amêndoas
Ricas em gordura mono e poli-insaturada. Mas, atenção, o teor calórico é alto, então, devem ser consumidas com parcimônia.

Castanha-do-pará
Apesar de elevado teor calórico, é rica em proteína. Uma unidade por dia pode ajudar na prevenção do câncer e retardar o envelhecimento das células.

Peixes
Atum, sardinha e salmão têm a famosa gordura ômega 3, que ajuda no combate ao estresse, auxilia na concentração e melhora a saúde do coração. O consumo ideal é de duas vezes por semana.

Azeite de oliva
Uma colher de sopa contém cerca de 10 gramas de gorduras boas. Por ser calórico, deve ser consumido com moderação.

Banana, arroz e mais: veja algumas dúvidas frequentes sobre colesterol alto


Quem tem colesterol alto pode comer banana?
Quando consumidas com moderação, as bananas podem mais beneficiar do que prejudicar os níveis de colesterol, segundo os especialistas. A fruta é uma boa fonte de fibra alimentar, que ajuda a reduzir o LDL. O potássio nas bananas também ajuda a diminuir a pressão arterial, o que pode diminuir o colesterol.

Quem tem colesterol alto pode comer ovo?
O ovo é considerado pelos especialistas uma das fontes de proteína mais completas, além de conter vitaminas A, B2, B5, B6 e B12; ferro, zinco, cálcio, selênio, fósforo, entre outros nutrientes. As recomendações atualizadas indicam que a ingestão de um ovo por dia pode ser aceitável, se outros alimentos ricos em colesterol forem limitados na alimentação.

Quem tem colesterol alto pode comer cuscuz?
Para quem tem colesterol elevado, vale discutir com o médico e o nutricionista como deve ser o consumo de cuscuz. Outra recomendação é conversar com os profissionais a respeito de quais acompanhamentos do prato são opções viáveis e saudáveis para o tratamento. O cuscuz é feito com ingredientes que não possuem alto teor de gorduras e colesterol. A retirada desses alimentos da dieta é recomendada apenas quando há uma restrição médica devido ao aumento de triglicerídeos, por exemplo.

Quem tem colesterol alto pode comer batata-doce?
A batata-doce é conhecida como um alimento que pode auxiliar a diminuir o colesterol, por ser fonte de fibras solúveis em água que se ligam aos ácidos biliares, o que ajuda o organismo a excretar o colesterol.

Quem tem colesterol alto pode comer arroz?
Comer muito qualquer tipo de alimento, incluindo o arroz, aumenta os riscos de desenvolver colesterol alto. No caso do arroz, é mais indicado optar pela versão integral. Além de diminuírem os níveis de colesterol, os grãos integrais não provocam picos tão altos nos níveis de açúcar no sangue, contêm mais fibras e fazem com que o corpo permaneça saciado por mais tempo.

Por fim, não esqueça que as dietas são individualizadas e devem ser prescritas por um médico ou nutricionista. Lembre-se que uma alimentação saudável e balanceada envolve diversos fatores; o colesterol é apenas um deles.

Devemos ter atenção para alimentos processados e ultra-processados, poise eles são ricos em gordura saturada, aquela que aumenta o colesterol LDL. Alguns exemplos: os embutidos (salsicha, salame, presunto), bacon, bebidas achocolatadas, biscoitos (principalmente os recheados), tortas industrializadas, sorvete, creme de leite e leite condensado.

Por outro lado, a alimentação não é o único fator importante para o controle do colesterol: a prática regular de atividades físicas, ingestão de água e acompanhamento médico também são essenciais para a proteção das artérias e do coração.

Mudanças no estilo de vida podem diminuir os números do colesterol em cerca de 5% a 10%, enquanto os medicamentos para baixar o colesterol podem diminuir o colesterol LDL em 50% ou mais. Portanto, embora as modificações no estilo de vida, como uma dieta saudável para o coração (a dieta mediterrânea, por exemplo), parar de fumar, praticar exercícios regularmente e perder peso sejam essenciais para reduzir o risco cardiovascular, os medicamentos geralmente são necessários para fornecer proteção cardiovascular adicional em casos selecionados e quando indicado pelo médico assistente.
 

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