O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (28) que começará a vacinar pessoas de 18 a 59 anos contra a Covid-19, sem doenças preexistentes, em todo o país. No entanto, segundo a pasta, ainda não é possível definir um cronograma por causa da realidade de vacinação em cada estado e da autonomia para estabelecer grupos prioritários.
As secretarias de saúde devem fixar essas novas etapas no calendário de imunização, com base nas faixas etárias e por ordem decrescente de idade.
De acordo com a nota técnica do Programa Nacional de Imunizações (PNI), estados e municípios com baixa ou nenhuma demanda de vacinação por grupos de risco já poderão iniciar a imunização do público geral, desde que os têm prioridade continuem a ser contemplados.
A estimativa da pasta é finalizar a imunização de idosos e de pessoas com doenças preexistentes até junho.
Imunização será escalonada
Pasta anunciou avanço de vacinação de pessoas sem comorbidades, porém sem data definida - Foto: REUTERS/Diego Vara
Doses serão direcionadas à população adulta de forma escalonada, de acordo com o ministério. Paralelamente, integrantes de grupos de risco continuarão a ser contemplados. Crianças e adolescentes ainda não estão incluídos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).
Entre os trabalhadores da educação, a ordem de prioridade é por local de trabalho: primeiro creches, depois pré-escolas, ensinos fundamental, médio e profissionalizante, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, por último, ensino superior. Esse grupo inclui também profissionais da limpeza, da portaria e da manutenção.
“Ressalta-se ainda que as creches e escolas contribuem não apenas para a educação, mas também para a segurança alimentar das crianças, cumprindo ainda outras atribuições sociais importantes. O ambiente escolar traz, no entanto, elevado risco de exposição a vírus respiratórios aos trabalhadores da educação tendo em vista que crianças são habitualmente peças chaves na transmissão destes vírus, o que justifica a vacinação deste grupo de trabalhadores”, diz o documento.
As orientações foram definidas em reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) na quinta-feira, com integrantes do Ministério da Saúde, estados e municípios.