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28/05/2021 às 12h23min - Atualizada em 28/05/2021 às 12h23min

Por que as estátuas do Antigo Egito têm os narizes quebrados

Diferentes investigações sustentam que não se trata de uma casualidade e que os narizes das estátuas egípcias quebraram por uma razão.

HISTORY
Durante várias décadas, os narizes quebrados das estátuas do Antigo Egito representaram um mistério que os pesquisadores não conseguiam resolver. Há quem diga que foi uma tentativa dos colonizadores europeus de apagar as raízes africanas dos egípcios antigos, enquanto outros dizem que essa teoria não tem fundamento.

O que aconteceu com os narizes das estátuas?
Para os antigos egípcios, as estátuas eram um ponto de contato entre os seres divinos e os terrestres. A hipótese mais plausível para a mutilação das esculturas se baseia na iconoclastia, do grego Eikonoklasmos, termo que significa “destruição de imagens”. Trata-se do ataque a ícones e outras imagens ou monumentos por motivos religiosos ou políticos. 

Segundo o curador principal de arte egípcia clássica e do Antigo Oriente Médio do Museu do Brooklyn, Edward Bleiberg, acreditava-se que as imagens podiam conter um poder fora do normal. Aquelas estátuas com forma humana podiam ser invadidas por um deus ou um humano já morto e transformado em um ser divino, interagindo com o mundo material. 

Assim, as mutilações tinham a intenção de quebrar esse encanto. Elas podiam ser feitas de várias maneiras: se queriam impedir as oferendas aos deuses, quebrava-se o braço esquerdo; se queriam que o deus não ouvisse, quebravam as orelhas; e se a intenção era acabar com as possibilidades de comunicação, separava-se a cabeça do corpo.

No entanto, o método mais efetivo para eliminar todo tipo de desejo era quebrar o nariz, em um golpe seco, já que, segundo explica Bleiberg, o órgão “era a fonte do fôlego, o fôlego da vida; a maneira mais fácil de matar o espírito interior é sufocá-lo removendo seu nariz”.


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