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07/05/2021 às 12h50min - Atualizada em 07/05/2021 às 12h50min

Governo Bolsonaro estuda pagar R$ 1 bilhão a mais para comprar mesma quantidade de vacinas da Pfizer

Segundo contrato com a Pfizer prevê compra de vacinas por R$ 6,6 bilhões

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Com novo contrato, Brasil deveria receber 200 milhões de doses da vacina da Pfizer até o fim de 2021 (Foto: AP Photo/Andre Penner)
O governo federal estuda fazer um novo contrato com a Pfizer, para a compra de mais 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19. A informação foi dada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, quando esteve na Fiesp, e reforçada durante a CPI da Covid.

Segundo o Estadão, o valor do segundo contrato teria um acréscimo de R$ 1 bilhão em relação ao primeiro acordo com a farmacêutica. Cada unidade custaria 12 dólares, valor 20% maior do que no primeiro contrato. O valor total do novo contrato seria de R$ 6,6 bilhões.

As informações adquiridas pelo jornal estão em uma nota técnica, assinada por Laurício Cruz, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.

Na última quinta-feira (6), o governo publicou no Diário Oficial da União uma dispensa de licitação para a compra das vacinas. O valor global que consta na publicação é de R$ 6,6 bilhões e representa um passo importante para a assinatura do contrato.

As primeiras 100 milhões de doses, cujo contrato já está assinado, devem chegar ao Brasil até setembro. Segundo o documento, as outras 100 milhões devem ser entregues em duas etapas: a primeira, de 30 milhões de vacinas, deveria chegar entre 1º de julho e 30 de setembro, enquanto a segunda parte, de 70 milhões, chegaria no quarto trimestre, entre 1º de outubro de 31 de dezembro.

A nota técnica pontua que o valor da segunda compra é maior que o da primeira, mas não explica o motivo. O Estadão procurou a Pfizer, mas a empresa alegou que não comenta negociações. O Ministério da Saúde afirmou que o contrato está em negociação.

Governos diferentes, propostas diferentes

A Pfizer tem cobrado valores diferentes de cada um dos governos com os quais faz acordos. Apesar de o valor de 12 dólares ser maior do que o do primeiro contrato feito com o Brasil, é menor que o cobrado por dose da União Europeia, dos Estados Unidos e de Israel.

União Europeia: 14,70 dólares por unidade da vacina

Estados Unidos: 19,50 dólares por unidade da vacina

Israel: 23,50 dólares por unidade da vacina

A Pfizer já havia adiantado que cobraria menos dos países mais pobres.

Chegada de doses da Pfizer ao Brasil

Primeiras doses da vacina da Pfizer chegaram ao Brasil em 29 de abril; lote tem um milhão de doses (Foto: Nelson Almeida/AFP via Getty Images)

Primeiras doses da vacina da Pfizer chegaram ao Brasil em 29 de abril; lote tem um milhão de doses (Foto: Nelson Almeida/AFP via Getty Images)


As primeiras vacinas da Pfizer chegarão ao Brasil no dia 29 de abril. As doses serão distribuídas apenas entre as capitais do país. Isso se deve à maior dificuldade de armazenamento do imunizante, que fica a cerca de -25ºC. Para isso, é preciso ter congeladores especiais. Nessa temperatura, a vacina pode ser armazenada por 14 dias.

Quando a vacina da Pfizer é transferida para refrigeradores comuns, de 2ºC a 8ºC, o imunizante tem duração de cinco dias.

Entre as doses recebidas, 135 mil devem ser usadas pelo estado de São Paulo. A distribuição é feita de forma proporcional.

O Ministério da Saúde recebeu um milhão de doses da vacina contra a covid-19 na noite da última quinta-feira (29). O carregamento chegou ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior paulista.

Inicialmente, o Ministério distribuirá, 500 mil para aplicação da primeira dose. O restante fica armazenado e será distribuído na próxima semana, para ser usado como segunda dose.

A previsão do governo federal é receber 2,5 milhões de doses até maio e 15 milhões até julho. O contingente total de 100 milhões de doses da Pfizer deve chegar no Brasil até o mês de setembro.

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