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27/04/2021 às 14h09min - Atualizada em 27/04/2021 às 14h09min

O que fazer se não houver vacina na data da segunda dose?

Estados enfrentam falta de doses da CoronaVac para aplicação completa do imunizante

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Ministério da Saúde aconselha pessoas a tomarem a segunda dose independente de o prazo ter passado (Foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP via Getty Images)
O Ministério da Saúde recomenda que a segunda dose seja tomada independente de o prazo ter passado. A CoronaVac deve ser tomada com 28 dias de intervalo e vacina Oxford/AstraZeneca com 12 semanas.

Diversos estados do Brasil registram escassez de vacinas CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a SinoVac. Com a permissão do Ministério da Saúde de usar todas as doses para a primeira aplicação, há falta de contingente para a segunda dose.

A recomendação da CoronaVac é que o intervalo entre as doses seja de 14 a 28 dias. Mas, o que fazer caso não haja o imunizante na data correta?

O que diz o Ministério da Saúde
Segundo o Ministério da Saúde, a população deve tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19 mesmo que a aplicação seja feita fora do prazo recomendado pelo laboratório em questão. A recomendação está em uma nota técnica divulgada pelo Programa Nacional de Imunização.

A resposta vale tanto para a CoronaVac, com intervalo de duas a quatro semanas, quanto para a vacina Oxford/AstraZeneca, com intervalo de 12 semanas.

O problema de falta de segunda dose foi gerado pela mudança de estratégia do próprio Ministério da Saúde. A pasta permitiu que a reserva, que seria usada para completar a imunização, fosse usada como primeira dose para mais pessoas.

“Com o aumento no número de casos de coronavírus e a necessidade da aceleração da vacinação, o Ministério da Saúde mudou a estratégia no início de março, com o envio de doses da vacina Sinovac/Butantan começando a ocorrer em duas etapas: primeiro com a entrega da dose 1 e, quatro semanas depois, da dose 2 – o que já estava ocorrendo com o imunizante da AstraZeneca desde o início da campanha”, justifica o Ministério.

“A partir da 11ª pauta de distribuição de vacinas, realizada no fim de março, o Ministério da Saúde começou a enviar as segundas doses da vacina Sinovac/Butantan para completar o esquema vacinal dos brasileiros. Atualmente, há três grupos prioritários pendentes da segunda aplicação dessa vacina: 3% dos trabalhadores da saúde, 6,2% das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas e 1,9% dos idosos entre 60 e 64 anos, totalizando 416.507 de pessoas. A previsão de envio da segunda dose para esses grupos é para a primeira semana de maio, cumprindo o ciclo vacinal no tempo adequado.”

O que diz o Instituto Butantan

Questionado sobre o que a população deve fazer caso falte a segunda dose na data correta, o Instituto Butantan reforçou que o intervalo adequado é de 14 a 28 dias. “A bula traz toda informação acumulada nos estudos clínicos com base neste intervalo”, explica o Butantan.

Além disso, o instituto afirmou que o Ministério da Saúde é o responsável por planejar e coordenar a campanha de vacinação contra a covid-19 em todo o país.

“Todo o esquema vacinal, definição de públicos-alvo e de intervalos entre as doses, assim como a logística de distribuição das vacinas aos estados e as devidas orientações técnicas sobre a vacinação competem à pasta federal”, declarou o Instituto Butantan.

Até o momento, o Butantan entregou 41,4 milhões de doses da CoronaVac ao PNI. A previsão era de entregar um total de 46 milhões até o fim de abril, mas o atraso na chegada dos insumos, provenientes da China, comprometeu o cronograma.

“Os insumos recebidos pelo instituto no último dia 19/4 já foram envasados e um novo lote com mais 5 milhões de vacinas será entregue a partir do próximo dia 3/5, após passarem pelo processo de controle de qualidade.”  

A precisão é que até o final de agosto, 100 milhões da Coronavac serão disponibilizadas ao PNI.

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