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07/04/2021 às 10h47min - Atualizada em 07/04/2021 às 10h47min

Coronavac tem 50% de efetividade contra variante P.1, mostra estudo em Manaus

Estudo com 67 mil profissionais de saúde da capital do Amazonas mostra que imunizante preveniu doença sintomática pela Covid-19

CNN
Foto: Divulgação
Um estudo envolvendo 67.718 trabalhadores de saúde da cidade de Manaus mostrou que a Coronavac, vacina contra Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan, é 50% efetiva em prevenir adoecimento por Covid-19 após 14 dias da primeira dose.

A análise interina de efetividade feita pelo grupo Vebra Covid-19 é a primeira que avalia a efetividade da Coronavac em locais onde a variante P.1, conhecida como variante de Manaus, é predominante.

"Os dados são preliminares, só tivemos eventos suficientes para avaliar 14 dias após a primeira dose e, mesmo assim, ela se mostrou efetiva e com esse valor de 50%", Julio Croda, infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenador do estudo.

De acordo com o Vebra Covid-19, que envolve pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, além de servidores das secretarias de saúde dos estados do Amazonas e de São Paulo e das secretarias de saúde das cidades de Manaus e São Paulo, os dados relativos à efetividade 14 dias após a segunda dose da vacina serão coletados ao longo das próximas semanas.

"[A coronavac] protege contra doenças sintomáticas. E isso é muito bom, mostra que na prática a vacina continua funcionando para a variante e que o Brasil pode continuar usando essa vacina nos estados onde ela é dominante", completou Croda.

O pesquisador destacou ainda que os pesquisadores também avaliarão a efetividade da Coronavac e da vacina da Astrazeneca/Oxford em Idosos na cidade de Manaus, Campo Grande, São Paulo e no estado de São Paulo.



Em nota divulgada nesta quarta, os pesquisadores do Vebra Covid-19 consideraram os resultados encorajadores por mostrarem que a Coronavac “continua sendo efetiva na redução de risco de doença sintomática em um cenário com prevalência de P.1 maior do que 50%”.

“Esses achados apoiam o uso contínuo dessa vacina no Brasil e em outros países com a circulação da mesma variante”, afirmou o grupo.

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