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18/03/2021 às 10h33min - Atualizada em 18/03/2021 às 10h33min

Assédio moral no mercado de trabalho: saiba se você é vítima!

Assessoria de Imprensa, Lucas Silva
Foto: Imagem Ilustrativa
Dentro do ambiente de trabalho é necessário que os times de Recursos Humanos tenham muita atenção a diversos pontos da gestão de pessoas para proporcionar um ambiente saudável e seguro para todos os colaboradores.

Um ponto muito importante e que deve ser entendido dentro dos ambientes é sobre o assédio moral. Muitas vezes disfarçado de piada ou liderança, o assédio pode causar graves problemas para os profissionais e é preciso ser acompanhado de perto com ações e sanções.

Você sabe o que é assédio moral e mais, consegue identificar se você sofre ou já sofreu com esse problema no mercado de trabalho? Saiba mais sobre o tema agora mesmo!

O que é assédio moral?

O assédio moral é a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes, constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e exercício de suas funções. Esse tipo de assédio pode acontecer de diversas formas:

Vertical: acontece de superior para subordinado e vice-versa;
Horizontal: são os conflitos entre colegas da mesma hierarquia quando os limites da competitividade passam do comum e viram uma perseguição e atos prejudiciais;
Misto: quando a vítima é perseguida por superior e colegas da mesma hierarquia, considerado o assédio coletivo.

Para que seja considerado assédio moral é preciso que a situação ocorra mais de uma vez, mas sempre que existir o objetivo de inferiorizar, isolar, constranger, humilhar e perseguir as pessoas, existe grande possibilidade de se caracterizar assédio moral.

Como saber se estou sofrendo assédio moral?

Infelizmente não existem pontos e ações fechadas e específicas que determinem o que é ou não assédio moral no trabalho. Mas é importante ter atenção a alguns pontos para identificar se você passa por algum tipo de situação:

Sobrecarga de tarefas
Muitos pensam que assédio é apenas sobre xingamentos, ofensas e bullying, por exemplo, mas essa prática pode incluir diversas ações. A sobrecarga de tarefas é quando os superiores ou empresa não respeitam o limite físico e técnico do colaborador e impõe uma quantidade de trabalho excessivo com intuito de prejudicá-lo.

Além disso, ao ter metas exorbitantes e inalcançáveis e humilhações durante a realização do trabalho excessivo pode ser um tipo de abuso.

Vigia excessiva e restrições
É importante que os líderes supervisionem os trabalhos dos profissionais, mas isso não significa vigiar cada passo de um colaborador. Estar todo tempo cobrando e pressionando as pessoas faz com que o funcionário viva sob pressão e não desenvolva um bom trabalho.

Além disso, colocar restrições sem justificativas pode também configurar assédio. Impedir o funcionário de utilizar recursos fundamentais para o trabalho, restringir acesso à locais necessários para realização das tarefas e até mesmo impor horários e tempo limite para idas ao banheiro, por exemplo, são práticas que devem ser denunciadas.

Comentários vexatórios e difamação
Esse é o tipo mais comum de ser visto dentro das empresas. Muitas vezes disfarçado de piada ou brincadeira, os comentários, boatos e ofensas tem objetivo de humilhar a pessoa e excluí-las dos grupos.

Sejam comentários a partir do físico, gênero, orientação sexual, raça, idade, religião, sotaque, cultura, entre tantas outras podem ser os gatilhos para as ofensas e se você se sentir ofendido com qualquer tipo de “brincadeira” é importante conversar com as pessoas, lideranças e RH.

Ameaças
As ameaças podem vir a partir de superiores ou colegas da mesma hierarquia. Aqui, ou há ameaças de demissão em caso de erros ou desobediência, quando vindos dos líderes.

Já entre pessoas no mesmo nível hierárquico, é comum ameaças que prometem prejudicar o profissional caso ele não siga determinada conduta. O empregador também não pode causar certo medo ou força o empregado a pedir demissão.

Além desses aspectos que listamos, outras ações contínuas também podem ser vistas como assédio, como:

- Isolamento, desde almoços, ambiente de trabalho e momentos simples até reuniões e decisões importantes que fazem parte de sua tarefa;
- Acusações de erros que não existem;
- Dar instruções (ou não dar) para prejudicar o trabalho;
- Negar folgas e emendas de feriado quando outros empregados são dispensados;


O que fazer ao identificar assédio moral?

Ao perceber o assédio moral ou até mesmo situações que incomodam o trabalhador é importante procurar o Recursos Humanos ou a ouvidoria da empresa para comunicar as situações ocorridas.

É importante ter detalhes sobre a situação, citar nomes, datas, horários e, se possível, reunir testemunhas e provas.

Em casos em que a situação não é possível de ser resolvida apenas com ações da empresa, cabe que o profissional procure a Justiça do Trabalho para pedir a declaração de rescisão do trabalho e buscar por seus direitos de indenização por danos morais e físicos.

Você já se viu em uma situação de assédio moral ou já presenciou algo do tipo? Aproveite que você sabe mais sobre ela e não fique preso em empregos tóxicos e abusivos!

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