Foto: Divulgação Qual é o fascínio que o disco de vinil desperta nas pessoas que o faz ser popular até mesmo na era dos formatos digitais de reprodução de áudio? Essa é uma das perguntas que norteiam o
Festival 4R – RipRopRiopReto neste fim de semana (sexta, dia 19/02, a domingo, 21/02). E o convidado para refletir sobre a (im)permanência do LP é o paulistano NEY, de 44 anos, 25 deles dedicado à Gringo’s Records, loja de discos da Galeria Presidente, na Rua 24 de Maio, no centro de São Paulo, que é uma espécie de santuário do Rap, onde fãs e artistas vão em busca de novidades e informações.
“Se um artista da música deseja produzir algo em vinil, o momento é agora. O disco de vinil tem uma grande procura por diferentes gerações, e não apenas colecionadores. Por isso, há um movimento de artistas do Rap fazendo registros em vinil”, comenta NEY, que participa de bate-papo virtual neste domingo (21/02), às 22h, com transmissão pelo Twitch e Instagram do
Festival 4R (@ripropriopreto) e Youtube da casa de criar – escritório de arte.
Entre rappers que lançaram trabalhos novos em vinil, NEY cita Baco Exu do Blues e Rincon Sapiência. “Nesta semana, o Rappin' Hood veio à loja para saber sobre a venda de discos de vinil porque está pensando em lançar algo. É muito comum os artistas virem buscar informações comigo, que estou em contato direto com o público consumidor”, completa o dono da Gringo’s Records, que acaba de lançar um podcast com bate-papos com nomes do rap nacional, o “Gringo’s Podcast” (@podcastgringos).
Programação Viabilizado com os recursos do auxílio emergencial da Lei Aldir Blanc, o
Festival 4R – RipRopRiopReto é realizado por DJ Basim, com apoio da casa de criar – escritório de arte, de São José do Rio Preto. A programação segue até o dia 17 de abril, com atividades virtuais aos finais de semana, envolvendo artistas do Hip Hop rio-pretense e nomes da cena nacional.
A programação deste fim de semana começa, nesta sexta-feira (19/02), às 20h, com um bate-papo com o grafiteiro Stan Bellini e o ilustrador Lino 96, que contam com trajetórias bem distintas no universo das artes visuais. Lino 96 é professor de Física e ilustrador, mas foi pelo Graffiti e pela pichação que ingressou no universo artístico. “Estabelecer uma identidade artística foi um processo longo. Muitas tentativas e estudos para obter um traço que me representasse. Hoje já consigo mostrar identidade no meu trabalho, mas ainda não estou 100% contente com os resultados, o que me faz sair da inércia muitas vezes”, diz.
Já Stan Bellini tem o Graffiti no DNA, e, com mais de duas décadas de experiência, vive hoje exclusivamente de sua arte. “Sempre digo que não fui eu quem escolheu o Graffiti, mas o Graffiti que me escolheu. Desenho desde pequeno, mas quando vi um Graffiti num muro pela primeira vez mergulhei de cabeça nesse mundo”, conta.
A programação do
Festival 4R ainda traz duas lives com os DJs rio-pretenses Taroba (sábado, 20/02) e Bocka (domingo, 21/02), no Twitch, e um bate-papo com o estudante universitário Lucas Horas, que refletirá sobre a presença do jovem negro nas universidades brasileiras. A partir de sua própria trajetória em uma universidade, ele apresentará um panorama da realidade vivida por jovens pretos no ambiente acadêmico. “Falarei do ingresso, da exclusão e da permanência de jovens pretos nas universidades, abordando aspectos como as cotas, as dificuldades para se manter durante o curso, a representatividade negra no processo pedagógico, entre outros”, sinaliza.
SERVIÇO
Festival 4R - RipRopRiopReto Até o dia 17 de abril (sextas, sábados e domingos)
Transmissão pelo Twitch e Instagram do festival (@ripropriopreto) e Youtube da Casa de Criar
Grátis
PROGRAMAÇÃO DO FIM DE SEMANA 19 de fevereiro – sexta-feira 20h – Bate-papo ‘Da rua para o papel e do papel para a rua: o desenho como gerador de renda’. Transmissão pelo Youtube da Casa de Criar | Twitch e Instagram do Festival 4R (@ripropriopreto)
Com trajetórias distintas no Graffiti e na Ilustração, os artistas Lino 96 e Stan Bellini, de São José do Rio Preto, discutem as intermitências desses ofícios.
20 de fevereiro – sábado 18h – DJ Live, com Taroba. Transmissão pelo Twitch do Festival 4R (@ripropriopreto)
20h – Bate-papo ‘O jovem negro nas universidades’. Transmissão pelo Youtube da Casa de Criar
Cotas raciais são importantes? A partir de sua própria experiência no ambiente universitário, o jovem Lucas Horas dá seu testemunho, apresentando um relato sobre a o que é ser negro em uma universidade brasileira.
21 de fevereiro – domingo 20h – DJ Live, com Bocka. Transmissão pelo Twitch do Festival 4R (@ripropriopreto)
22h – Bate papo ‘A impermanência do vinil: décadas de um ícone musical’. Transmissão pelo Youtube da Casa de Criar
Live com o paulistano Ney, que comanda a Gringo’s Records, na Galeria Presidente, em São Paulo. Nesse bate-papo, ele compartilha sua experiência de décadas como vendedor de discos e de colecionador de histórias curiosas dos bastidores de vinis históricos e de fatos que marcam o Rap brasileiro.