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28/01/2021 às 08h22min - Atualizada em 28/01/2021 às 08h22min

Carreata critica medidas do estado e cobra prefeito por providências para socorrer bares e restaurantes

Portal LR1
CONCENTRAÇÃO - Manifestantes se concentram em posto desativado na entrada de Araçatuba. ( Foto: Reprodução LR1)
Para uma das organizadoras do movimento, a presidente da UECAR, Luciane Pinese, que é dona de um restaurante no município, ela planejava abrir um segundo estabelecimento em fevereiro, mas está insegura devido às medidas do estado.

“Você tem toda uma estrutura por trás disso, para que você possa colocar o seu negócio funcionando. Você fica de mãos atadas, já foi feito um investimento grande nesse segundo, que está pra ser inaugurado. Mas a gente precisa ter uma solidez e uma segurança de que o nosso negócio pode trabalhar, porque nós não sabemos o que acontece que tanta responsabilidade é jogada nas nossas costas e na verdade nós não somos os vilões, nós só queremos trabalhar”, afirmou Luciane em conversa com a reportagem.

Representando o sindicato de bares e restaurantes de Araçatuba, o presidente Euflávio de Carvalho, fez críticas ao governo do estado pela restrição na abertura e pelo aumento de impostos.

“O governo agora está se dando ao direito, não só de cobrar os impostos, mas de aumentar os impostos. Ora, como nós vamos sobreviver se nós não podemos abrir as portas?”, questionou. “Desde o início, bares e restaurantes estão sendo sacrificados ao extremo, e no entanto, a covid segue crescendo. Então, algo está errado. Se fosse os bares e restaurantes naturalmente a covid estava abaixando e não está abaixando, está em ascensão”, completou.

Segundo Euflávio, o objetivo da manifestação é sensibilizar o prefeito para que ele interceda junto ao governador pelo setor em Araçatuba.

“O objetivo é ver se o prefeito nos ajuda junto ao governador e pedir para o governador para ele permitir que o prefeito da cidade governe a cidade dele. O governador a mais de 500km de distância ele não pode saber o que está se passando em Araçatuba, então deixa Araçatuba trabalhar”, explicou Euflávio.

O gerente da Associação Comercial de Araçatuba, Osney Ferracioli, que comandou o movimento orientando os manifestantes no carro de som, estima perda de 30% nas vendas do comércio com o “lockdown” dos dois próximos finais de semana. Ele afirma que a manifestação é uma forma de pedir “socorro” às autoridades.

“O sábado é um dos dias mais fortes para vendas e fechando esses dois sábados, o prejuízo vai ficar em torno de, no mínimo, 30%, porque é um dia forte onde a região vem comprar no nosso comércio, e o comércio estando fechado em pleno sábado, o shopping fechado em pleno final de semana, bares e restaurantes e lanchonetes fechados no final de semana, para toda a cidade”, afirmou. “O comerciante já está com a corda no pescoço, ele não está aguentando mais esta situação que o governo do estado de São Paulo está impondo. Este é um grito de socorro para as autoridades”, completou.

Posição da prefeitura

Logo após o fim da manifestação, a prefeitura de Araçatuba divulgou uma nota à imprensa sobre a carreata e as críticas recebidas pelo cumprimento integral do decreto estadual.

De acordo com a nota, a prefeitura “respeita o ato democrático e entende a dificuldade dos comerciantes” afirmando que mantém um bom diálogo com eles. O texto afirma, porém, que as cidades têm o dever de cumprir as diretrizes do Plano São Paulo e afirmou que é preciso levar em consideração o aumento casos positivos e mortes por covid-19.

A prefeitura finaliza a nota pedindo a colaboração da população para o cumprimento das medidas de segurança para que saúde e economia voltem a funcionar.


CRÍTICAS – Faixas estendidas em caminhão de som criticam o governador – DIEGO FERNANDES


CARREATA – Carros tomam faixa da avenida Brasília durante manifesto de comerciantes – DIEGO FERNANDES
 
*matéria cedida pelo Portal LR1

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