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22/01/2021 às 08h14min - Atualizada em 22/01/2021 às 08h14min

Araçatuba registra novo protesto contra aumento do ICMS

Portal LR1
CONCENTRAÇÃO - Antes de carreata, veículos de manifestantes se concentraram em posto na entrada de Araçatuba - Foto: David Prates
Donos e colaboradores de concessionárias e revendas de veículos novos e usados fizeram uma manifestação em Araçatuba na manhã desta quinta-feira, semelhante ao ato que já havia sido feito por produtores rurais há duas semanas. O motivo da manifestação é o aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre revenda de carros novos e usados, que pode prejudicar este tipo de comércio no estado de São Paulo.

Desde o último dia 15, passou a valer um novo pacote fiscal autorizado pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB). Com essa mudança, a alíquota para carros zero quilômetro vai de 12% para 13,3%, enquanto a de carros usados sobe de 1,8% para 5,3%, o que representa um aumento de 207% neste segmento específico.

Manifestantes se concentraram em frente ao antigo Posto Absoluto, que fica na entrada de Araçatuba, por volta das 7h. Uma hora depois, dezenas de veículos iniciaram uma carreata e desceram pela Avenida Brasília, passaram pela Prefeitura Municipal, e seguiram por várias importantes vias da cidade, fazendo buzinaço. Um caminhão de som acompanhou e orientou o protesto, chamando atenção por onde passavam.

A carreata passou por diversas ruas e avenidas como Mário Covas, Porangaba, Ibirapuera, Araçás e terminou em frente à loja de departamentos Havan, por volta das 10h.

Aproximadamente 35 empresas de revenda de automóveis, caminhões e motocicletas participaram da manifestação em Araçatuba, que envolveu dezenas de veículos e aproximadamente 150 pessoas.

Aumento pode gerar queda nas vendas e desemprego

De acordo com Agnaldo de Moraes Rodrigues, que é vendedor do Grupo Caminho, de Araçatuba, e um dos organizadores do movimento, esse aumento no ICMS gera uma reação em cadeia que pode acabar diminuindo a quantidade de empregos no setor em todo o estado de São Paulo.

“Uma negociação de 15 dias antes do aumento, eu não vou conseguir manter o valor que estava pagando na troca, isso vai refletir diretamente na concessionária de revenda. Com isso diminui as vendas, acaba tendo que enxugar o quadro de funcionários”, afirmou.

Além disso, ele ainda comentou que vários outros estabelecimentos são prejudicados indiretamente.

“Isso indiretamente acaba prejudicando também o fornecedor, além de outros estabelecimentos como funilaria, tapeçaria, pessoas que tem comércio que sobrevive do atendimento e da manutenção dos seminovos”, completou Agnaldo.

O protesto de donos de concessionárias e revendas de carros ocorreu em diversas cidades do estado, incluindo na Capital Paulista.

Outro lado

De acordo com o governo estadual, o aumento do ICMS sobre a venda e revenda de automóveis tem o objetivo de proporcionar ao estado de São Paulo um aumento de recursos para fazer frente às perdas econômicas causadas pela pandemia.

Uma nota do governo estadual diz que: “Por quase 30 anos, veículos novos e usados foram beneficiados por renúncias fiscais de até 98%, em relação à alíquota de 18% do ICMS praticada no Estado. Benefícios fiscais como este custam mais de R$ 40 bilhões por ano ao governo do estado de São Paulo, o que representa um terço da arrecadação do ICMS”, explica o governo de São Paulo.


IMPOSTO – Aumento do ICMS preocupa revendedoras de veículos – DAVID PRATES


RECEIO – Possível queda nas vendas por aumento de preço pode provocar corte de funcionários, segundo setor – DAVID PRATES
 

*matéria cedida pelo Portal LR1

 
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