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21/01/2021 às 11h43min - Atualizada em 21/01/2021 às 11h43min

Aumenta expectativa de vida, mas vive-se melhor?

Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou o levantamento “World Population Prospects: Demographic Profiles” (Perspectiva da População Mundial 2019: Perfis Demográficos), analisando a expectativa de vida humana, a partir de 1950, projetando o crescimento até 2100. 

O estudo apontou que, desde o início da análise, o número de pessoas com mais de 65 anos era inferior ao de crianças com menos de cinco. Entretanto, a partir de 2020, já foi possível observar uma inversão da pirâmide etária. A movimentação é inédita na história da humanidade, afinal a pirâmide etária sempre se manteve estável, regredindo da base ao topo, gradualmente.

Os dados otimistas em relação à longevidade, no entanto, desviam a atenção e acabam encobrindo outra informação importante e que também está no levantamento: a elevação expressiva das doenças do sistema locomotor. 

À medida que as pessoas envelhecem, começam a perceber sintomas de enfermidades reumáticas degenerativas. Esses pacientes chegam ao consultório com manifestações de artrose, osteoporose, tendinites e bursites, entre outras patologias. Fatores genéticos contribuem para o seu aparecimento, mas o estilo de vida é fundamental nessas manifestações.

Quanto mais se vive, mais se exige do corpo e, o desempenho será resultado do modo como foi “preparado”. Para fazer uma analogia bem simples, basta pensar em um atleta - seja jogador de futebol, vôlei, basquete e tênis, não importando a modalidade. O desempenho esportivo é resultado de seu comprometimento com os treinos, dieta e horas de descanso. 

O mesmo ocorre com todos seres humanos. Um estilo de vida saudável, adotado ainda na infância com uma alimentação correta e a rotina de exercícios físicos e descanso necessários, permite viver de maneira longeva com mais saúde e disposição. Por outro lado, o indivíduo que comete excessos alimentares frequentes, e leva uma vida sedentária pode sentir os reflexos de maneira precoce.

A influência genética e todos os fatores predisponentes ainda não estão totalmente elucidados para as doenças reumáticas, mas acredita-se que ela seja responsável por 25% das manifestações.

Por isso dizemos que viver muito não é sinônimo de viver bem.  A expectativa de vida tende, sim, a aumentar nos próximos anos, mas não podemos dizer o mesmo da à qualidade de vida. Fica então o convite: cuide-se, ame-se, priorize sua saúde. Busque mais qualidade de vida, que a longevidade virá como uma alegre consequência.

 

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