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20/01/2021 às 08h43min - Atualizada em 20/01/2021 às 08h43min

Sinduscon OESP faz manifesto pela redução do Custo Brasil

Entidade protesta também do aumento de custo de insumos, e afirma que o setor foi prejudicado ainda mais pela pandemia da Covid-19

Marcelo Teixeira
Assessoria de Imprensa
Foto: Divulgação
O Sinduscon OESP (Sindicato da Indústria da Construção Civil da Região Oeste do Estado de São Paulo) está enviando a autoridades municipais, regionais, estaduais e nacionais um manifesto solicitando o redução do Custo Brasil, que chega a R$ 1,5 trilhão por ano, o equivalente a 22% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

O valor foi calculado com base em um estudo realizado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), grupo composto por empresas e entidades de diversos segmentos econômicos. Para chegar a esse dado, o estudo comparou a realidade do setor produtivo brasileiro com a dos 37 países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O grupo de estudos identificou 12 fatores críticos que impactam no custo dos produtos feitos no país, entre eles as dificuldades para abertura e financiamento dos negócios, alta carga tributária, custos para emprego de mão de obra, deficiências de infraestrutura, acesso a insumos e energia, insegurança jurídica e excesso de burocracia.

De acordo com o presidente do Sinduscon OESP, Aurélio Luiz de Oliveira Júnior, o Custo Brasil tira a competitividade da indústria nacional, inibe investimentos e a geração de empregos e, o que é pior, cria uma grande injustiça com o consumidor, que paga a mais em todas as suas aquisições. "Do cidadão comum ao setor produtivo, todos sofrem as consequências de um sistema tributário complexo, de excesso de burocracia, de elevado custo do crédito, de enormes gargalos logísticos e de uma insegurança jurídica que não estimula os investidores", diz Oliveira Júnior.


Movimento nacional

A ação do sindicato se soma a diversos eventos de outras entidades classistas, que igualmente se posicionam pela aprovação de reformas, como a tributária, como a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), por meio do movimento Coalização da Indústria. O texto de apresentação da Coalização ressalta que "não se pode mais esperar", pois é inadmissível que o Brasil continue a perder a corrida do desenvolvimento para países com potencial muito menor, por falta de condições adequadas para produzir e gerar empregos.

Oliveira Júnior lembra ainda que, não bastasse o Custo Brasil, a situação do setor foi agravada pela pandemia da Covid-19. Isso porque houve redução da oferta de materiais, o que refletiu no aumento do custo da construção civil. O desabastecimento afetou obras em todo o país. Fabricantes reduziram os estoques com a pandemia e a rápida retomada dos negócios pegou muita gente de surpresa. Resultado: os preços subiram.

É fato que houve abusos no aumento do preço de materiais de construção durante a pandemia, como demonstrado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em documento entregue ao Governo Federal (à Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade do Ministério da Economia), no segundo semestre do ano passado.

"Vale lembrar que a construção civil tem sido um dos principais motores econômicos do país durante a pandemia. Sendo assim, além da Reforma Tributária inerente à redução do Custo Brasil, há outros pontos urgentes que precisam ser analisados e resolvidos, como os custos de insumos essenciais para a indústria, no sentido de evitar a derrocada da construção civil. A sociedade não pode aceitar aumentos abusivos para os insumos do setor, que vai refletir negativamente em toda a economia brasileira", conclui Oliveira Júnior.

 
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