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06/04/2018 às 15h07min - Atualizada em 06/04/2018 às 15h07min

Estudo relaciona consumo de carne e doenças cardíacas

O estudo publicado no Jornal Internacional de Epidemiologia comprova que o consumo de carne contribui para o aumento do risco de doenças cardiovasculares

ANDA Agência de Notícias de Direitos Animais
Proteína de nozes e sementes são eficazes, de acordo com um estudo recente. (Foto: Loma Linda)
Um estudo conduzido por pesquisadores na Califórnia e na França descobriu que a proteína da carne está associada a um aumento acentuado do risco de doença cardíaca, enquanto a proteína de nozes e sementes são benéficas para o coração humano.

Intitulado “Os padrões de ingestão de proteína vegetal e animal estão fortemente associados à mortalidade cardiovascular: a coorte Adventist Health Study-2”, o estudo foi um projeto conjunto de pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade em Loma Linda, nos Estados Unidos e da AgroParisTech e do Instituto National de Pesquisa Agropecuária na França.

O estudo que foi publicado on-line 03 de abril pelo Jornal Internacional de Epidemiologia, descobriu que as pessoas que consumem grandes quantidades de proteína da carne experimentaram um aumento de 60% nas doenças cardiovasculares (DCV), enquanto as pessoas que consumiram grandes quantidades de proteína e sementes experimentaram uma redução de 40% em DCV.

O estudo, que incluiu dados de mais de 81 mil participantes, é uma das poucas vezes em que fontes detalhadas de proteína animal foram examinadas em conjunto com a gordura animal em uma grande investigação.

Os especialistas Gary Fraser, da Universidade de Loma Linda, e François Mariotti, da AgroParisTech e do Instituto National de Pesquisa Agropecuária, atuaram como co-principais pesquisadores.

“Embora as gorduras alimentares façam parte da história ao aumentar o risco de doenças cardiovasculares, as proteínas também podem ter efeitos independentes importantes e amplamente ignorados sobre o risco”, disse Fraser.

O especialista acrescentou que os nutricionistas tradicionalmente olham para o que ele chamou de “gorduras ruins” em carnes e “gorduras úteis” em nozes e sementes como agentes causais. No entanto, essas novas descobertas sugerem mais. “Esta nova evidência sugere que o quadro completo provavelmente envolve também os efeitos biológicos das proteínas nesses alimentos”, disse ele.

Fraser afirma que a pesquisa da equipe diferiu de outra maneira significativa de pesquisas anteriores. Embora estudos anteriores tenham examinado as diferenças entre as proteínas animais e vegetais, este estudo não parou em apenas duas categorias, mas optou por especificar proteínas de nozes e sementes, juntamente com outras fontes alimentares importantes. “Esta pesquisa está sugerindo que há mais heterogeneidade do que apenas a categorização binária de proteína vegetal ou proteína animal”, declarou.

O pesquisador ressalta que o estudo deixa outras questões em aberto para mais investigações, como os aminoácidos específicos das proteínas da carne que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Outra é se as proteínas de fontes particulares afetam os fatores de risco cardíaco, como os lipídios sanguíneos, a pressão arterial e o excesso de peso, que estão associados às DCV.

 
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