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30/12/2020 às 08h47min - Atualizada em 30/12/2020 às 08h47min

Trânsito mata mais em Araçatuba do que em Rio Preto e Presidente Prudente

Portal LR1
RISCO - Em novembro, duas pessoas morreram na Rua dos Fundadores/Araçás. ( Foto: Reprodução LR1)
O trânsito em Araçatuba mata mais do que em São José do Rio Preto, Presidente Prudente e Araraquara. É o que revela levantamento feito pela reportagem de O LIBERAL REGIONAL no site do Infosiga, sistema de registro do governo do Estado de São Paulo. Proporcionalmente, morre mais gente no trânsito de Araçatuba do que em Bauru, outra importante cidade do noroeste paulista. A reportagem foi atrás para descobrir o que leva essas cidades a terem menos mortes no trânsito. A constatação já era a esperada: controle de velocidade por meio de radares, fiscalização eletrônica e obstáculos. Soma-se a isso, efetivo trabalho de fiscalização com agentes de trânsito. Em Araçatuba não há controle de velocidade. Isso mostra que há pouca preocupação da administração de Dilador Borges Damasceno com a segurança no trânsito e com a vida das pessoas. Números divulgados pelo Detran mostram também este aumento nas mortes na região de Araçatuba.

O levantamento feito pela reportagem mostrou que ao longo de 2019 foram registradas 19 mortes nas vias urbanas de Araçatuba, cidade com pouco menos de 200 mil habitantes. Já de janeiro a novembro de 2020 foram 17 fatalidades. Em Araraquara, cidade com mais de 238 mil habitantes, foram 24 mortes em 2019 e 12 em 2020. Bauru, com 380 mil habitantes, teve 27 mortes no ano passado e 22 de janeiro a novembro de 2020. Presidente Prudente, com mais de 230 mil habitantes, teve 27 mortes no ano passado e oito em 2020 e São José do Rio Preto, a maior cidade da região, com 470 mil habitantes, teve 42 mortes em 2019 e 14 em 2020. Em números absolutos, Araçatuba teve mais morte do que em todas as cidades maiores, exceção de Bauru. Os números referem-se às vias urbanas.

No entanto, para se ter um número real do que isso representa, a reportagem dividiu o número de habitantes pelo número de mortes. Os números surpreendem. Araçatuba registrou uma morte para 11.654 habitantes, Araraquara uma morte para 19.861 habitantes, Bauru equivale a uma morte por 17.40 habitantes, Presidente Prudente – 28.796 habitantes e São José do Rio Preto – 33.142 mil habitantes.

RIGOR NA FISCALIZAÇÃO

Enquanto em Araçatuba, conforme números informados pela Prefeitura, de janeiro a outubro, 33,5% das multas aplicadas era de estacionamento em desacordo com a regulamentação (zona azul) e 17,8% pelo não uso de segurança. Já nas cidades de São José do Rio Preto e Araraquara, aproximadamente 50% das multas referem-se a excesso de velocidade e em segundo lugar vem a não indicação do condutor pela empresa proprietária do veículo. Isso deixa claro que o controle de velocidade é fundamental para reduzir a violência no trânsito.


Rio Preto investe em educação e rigor na fiscalização
 

No ano passado Rio Preto registrou 42 mortes no trânsito e este ano reduziu para 14. “Há um sistema permanente de educação para o trânsito com ações intensificadas em datas comemorativas e feriados prolongados. Essas ações se utilizam de recursos como arte circense, teatro e panfletagem, mas o principal é a abordagem nas vias com blitz educativas”, disse a assessoria da Prefeitura.

A fiscalização de velocidade é feita “radares fixos instalados nas avenidas que apresentam, mediante estudos com o aparelho VDM, maior desrespeito aos limites de velocidade”. As principais multas, segundo a assessoria, são: Transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20% – aproximadamente metade das multas; Não identificação do condutor infrator imposta à pessoa jurídica – aproximadamente 17% e estacionar em desacordo com a regulamentação – estacionamento rotativo (Área Azul) – 10%.

As campanhas educativas envolvem crianças, jovens, adultos e idosos.

Araraquara reduz acidentes com sinalização, obstáculos e radares

 
A Coordenadoria Municipal de Mobilidade Urbana informa que entre as ações adotadas no setor, com o objetivo de aumentar a segurança de pedestres e motoristas no trânsito de Araraquara, estão o trabalho de reforço da sinalização vertical, horizontal e semafórica. Em 2019 e 2020, a coordenadoria reforçou a sinalização horizontal (faixas e orientações pintadas no asfalto) em 120.000 m² de vias. Além disso, foram instalados mais 300 dispositivos de redução de velocidade, entre lombadas e lombofaixas, e mais de 400 guias rebaixadas para deficiente físico, além de mais de 30 projetos de reconfiguração de traçado geométrico”, informou a assessoria da Prefeitura de Araraquara, explicando que foram feitos 7.570 m² de calçadas e 24.630 m² de asfalto pela cidade (aproximadamente 2,5 km lineares), dando ainda mais segurança aos pedestres e motoristas.

“E, pensando na segurança dos motociclistas e demais usuários das vias públicas, foram instaladas faixas de parada exclusiva para motocicletas nos semáforos das principais ruas da cidade. Quando o semáforo fecha nesses cruzamentos de grande fluxo de veículos, os motociclistas aguardam à frente dos demais veículos, entre a faixa de pedestres e uma faixa de retenção”.

“Para reforçar a fiscalização no trânsito, foram contratados mais 15 agentes de trânsito, além dos 30 já na ativa. O município possui seis radares fixos para coibir excesso de velocidade e avanço de sinal vermelho, além de ter sido reformulado o rodízio dos radares portáteis, para possibilitar a fiscalização em diferentes pontos da cidade. Esses equipamentos passaram a operar das 7 às 22 horas, inclusive aos sábados e domingos”, acrescentou a assessoria.

Quanto às principais multas, são excesso de velocidade, seguido de avanço do semáforo vermelho e estacionamento sem uso do tíquete de Área Azul.

O município desenvolve várias ações ao longo do ano. Uma delas, a mais tradicional, realizada há 16 anos, é o Concurso sobre Segurança e Educação no Trânsito de Araraquara (Consetrans), feita nas escolas e instituições da cidade para promover a segurança no trânsito como valor a ser incorporado por todos os alunos que dele participam, bem como estimular e revelar talentos, incentivando a produção de material educativo e artístico. No final, os trabalhos que se destacam são premiados como forma de estimular a participação.

Além disso, a cada mês se trabalha temas importantes, como uso do cinto de segurança, riscos de se falar ao celular no volante e importância do uso da cadeirinha por crianças pequenas, entre outros. Esses temas são abordados nas campanhas desenvolvidas em parceria com a mídia local, contando também com a participação de um grupo de teatro que costuma ir às ruas para levar a informação à população de forma lúdica.

“Todas essas medidas tem se mostrado bastante eficazes na busca de mais segurança no trânsito de Araraquara”, informou a assessoria. Em 2019, Araraquara registrou 24 mortes e este ano, até novembro, foram 12 vítimas fatais.

Região de Araçatuba tem aumento nas fatalidades de trânsito

De acordo com os novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, a região administrativa de Araçatuba registrou aumento no número de fatalidades de trânsito. Em novembro, houve 15 óbitos contra 6 no mesmo período do ano passado (+150%). Já com relação a acidentes com vítimas, que incluem ocorrências não fatais, houve redução no mês: 409 acidentes em novembro deste ano contra 444 em 2019 (-7,9%).  No ano, o aumento é de 1% nos óbitos (105 contra 104) e redução de 16,7% nos acidentes (3.989 contra 4.791). Motociclistas e ocupantes de automóveis lideram as estatísticas em novembro.

Na região de Araçatuba, motociclistas registraram 5 vítimas fatais em novembro (1 em 2019, aumento de 400%). Ocupantes de automóvel também registraram 5 óbitos, mesmo número do ano passado. Pedestres e ciclistas, que não tiveram nenhuma fatalidade em novembro de 2019, registraram 4 e 1 casos neste ano, respectivamente.

Homens representam 60% das vítimas e 53% eram condutores dos veículos. Em novembro, vias municipais abrigaram 67% dos acidentes fatais, e a maior parte das ocorrências são colisões entre veículos (40%) e atropelamentos (27%). 

 
*matéria cedida pelo Portal LR1
 


 

 
 
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